‘Eleições já’, pede Nicolás Maduro neste domingo após pressão popular na Venezuela
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste domingo (23)
querer “eleições já”, em um momento de alta tensão no país pelos
protestos da oposição, que exige sua saída do poder.
“Eleições, sim, quero eleições já. É o que eu digo, como chefe de
Estado, como chefe de governo”, lançou o presidente em seu programa
dominical, ao se referir às eleições regionais.
Há duas semanas, Maduro já havia dito estar “ansioso” pela convocação
das eleições de governadores, que deveriam ter sido realizadas em
dezembro, e de prefeitos, previstas para este ano.
Nas manifestações que vem realizando desde 1º de abril, a oposição
exige a convocação de eleições gerais para este ano ainda. O governo já
descartou a antecipação da corrida presidencial, prevista para 2018.
“Com o fracasso que tiveram na Assembleia Nacional, estou certo de
que o nosso povo vai entregar a conta em qualquer eleição que vier, e
vamos ter uma nova e boa vitória”, insistiu o presidente.
Segundo as pesquisas mais recentes, Maduro conta com uma rejeição de cerca de 70%.
Depois de suspender um processo para revogar o mandato do governo
atual em um referendo, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) adiou as
eleições regionais para iniciar um processo de legalização dos partidos
que não haviam participado da última disputa nas urnas.
“Estou pronto para o que o Poder Eleitoral disser”, garantiu Maduro,
que chegou ao poder em 2013, após derrotar Henrique Capriles por uma
margem apertada.
Maduro voltou a convidar a oposição a retomar o processo de diálogo,
congelado desde o ano passado, depois que a oposição acusou o governo de
não cumprir os acordos.
“Estou pronto para mostrar que cumprimos e, se não tivermos cumprido, cumprir”, indicou.
“E, daqui, peço ao papa Francisco que continue nos acompanhando no
diálogo, porque há uma conspiração em Roma contra o diálogo na
Venezuela, e aqui também”, acrescentou.
Isto É
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