Emmanuel Macron e Marine Le Pen passam para o segundo turno na França
O centrista Emmanuel Macron e a candidata da extrema direita Marine Le Pen seguem para o segundo turno das eleições presidenciais da França, segundo pesquisas de boca de urna, em uma das corridas eleitorais mais disputadas da história recente do país.
Ele teria 23,7% e ela, 21,7% dos votos, de acordo com avaliação de boca de urna do Ipsos/Sopra Steria.
Com 34 por cento dos votos contados, o Ministério do Interior disse
que Le Pen liderava com 24,6% dos votos, seguida por Macron, com 21,9%. A
contagem inicial de votos inclui principalmente distritos eleitorais
rurais, que pendem mais para a direita, enquanto os votos de áreas
urbanas são contados mais tarde.
O segundo turno está marcado para o dia 7 de
maio. Pesquisas de opinião apontam que Macron, numa disputa contra Le
Pen, se sairia vencedor e se tornaria o próximo presidente
francês. Qualquer um dos dois candidatos fará história: Macron como o
presidente mais jovem da França (aos 39 anos) e Le Pen como a primeira
mulher chefe de Estado no país.
Dos 11 candidatos inscritos na disputa, quatro tinham chances reais
de passar ao segundo turno. Além de Macron e de Le Pen, estavam bem
cotados Jean-Luc Mélenchon (da extrema esquerda) e François Fillon
(conservador).
Se confirmado, este resultado representará um revés para os partidos
tradicionais que se alternaram no poder durante décadas: o socialista,
do presidente em fim de mandato François Hollande, e os conservadores,
liderados por Fillon.
A vantagem de Macron contra Le Pen no segundo turno também
significa um alívio para a União Europeia (UE). Macron, ex-ministro da
Economia do presidente Hollande, fez uma campanha com um programa
abertamente europeísta e liberal.
Já no caso de vitória de Le Pen, a França ampliaria ainda mais as
incertezas em torno da UE, devido à defesa por parte da candidata da
saída da zona do euro –um golpe fatal a um bloco já enfraquecido pelo
Brexit.
A ultradireitista se beneficiou da mesma onda populista que
impulsionou a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, com um
programa centrado no “patriotismo” e na “preferência nacional”.
Veja
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