Coreia do Sul barra temporariamente importação de produtos de frango da BRF
O ministério da Coreia do Sul disse que fornecedores brasileiros de carne de frango terão que enviar um certificado de saúde emitido pelo governo brasileiro
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Mercado da BRF em São Paulo - (Foto: Divulgação) |
SEUL e PEQUIM - A Coreia do Sul vai intensificar a
fiscalização de carne de frango importada do Brasil e banir
temporariamente as vendas de produtos da BRF após o escândalo deflagrado
pela Operação Carne Fraca na semana passada, informou o Ministério de
Agricultura sul-coreano em comunicado nesta segunda-feira. A China pode
ir pelo mesmo caminho. Não há confirmação oficial, nem da parte
brasileira, nem chinesa, mas sites especializados afirmam que o
escritório de administração de qualidade, supervisão, inspeção e
quarentena, responsável pelo controle sanitário no país, o AQSIQ na
sigla em inglês, recomendou aos importadores que mantivessem qualquer
produto que não tivesse sido inspecionado em depósitos até segunda
ordem. Há quem diga que este é um sinal de que a restrição pode ter
curta duração. E um porta-voz da Comissão Europeia afirmou nesta
segunda-feira que está monitorando a importação de carnes do Brasil e
que pode suspender empresas que estiverem envolvidas na fraude.
- A Comissão vai assegurar que quaisquer dos estabelecimentos
implicados na fraude fiquem suspensos das exportações para a União
Europeia - disse um porta-voz, durante coletiva regular à imprensa,
acrescentando, no entanto, que o escândalo da carne não teria impacto
nas negociações em curso no momento para um acordo comercial entre União
Europeia e Mercosul.
O ministério da Coreia do Sul disse que fornecedores brasileiros de
carne de frango terão que enviar um certificado de saúde emitido pelo
governo brasileiro. Mais de 80% das 107.400 toneladas de frango
importadas pela Coreia do Sul no ano passado vieram do Brasil, sendo
quase metade fornecida pela BRF.
A Coreia do Sul é o sétimo maior mercado para o frango brasileiro. Os
três maiores compradores são Arábia Saudita, China e Japão, nesta
ordem. Segundo maior mercado para o frango brasileiro e comprador
relevante de carnes - foram US$ 2 bilhões só em 2016 -, a China
acompanha com lupa os desdobramentos das investigações da Operação Carne
Fraca. Sites especializados afirmam que o escritório de administração
de qualidade, supervisão, inspeção e quarentena, responsável pelo
controle sanitário no país, o AQSIQ na sigla em inglês, recomendou aos
importadores que mantivessem qualquer produto que não tivesse sido
inspecionado em depósitos até segunda ordem
O Globo
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