Procuradoria-Geral da República recebe pedido de investigação contra Eliseu Padilha
Representação do PSOL foi protocolada na noite desta quinta-feira; partido quer apuração a respeito de acusações feitas por ex-assessor de Temer
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O ministro está internado em Porto Alegre, com previsão de volta aos trabalhos na próxima segunda-feira (6) - (Foto: Reprodução) |
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu na
noite desta quinta-feira (2) representação pedindo a abertura de um
inquérito para investigar fatos ligados ao ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha.
Na representação protocolada pelo PSOL, o
partido menciona as declarações de José Yunes, ex-assessor do presidente
Michel Temer , segundo o qual Eliseu Padilha teria pedido a ele que
recebesse um "pacote" em seu escritório, em São Paulo, em 2014.
Esse
pacote teria sido posteriormente retirado pelo lobista Lúcio Funaro,
apontado como operador de propinas de Eduardo Cunha (PMDB) no esquema de
corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O líder do partido, Glauber Rocha, explica que o objetivo da
representação é "ampliar as investigações sobre as informações prestadas
por Yunes". "É importantíssimo que uma haja profunda investigação,
visto que os fatos incidem diretamente sobre o presidente da República e
seu ministro-chefe.”
Pedido a José Yunes
Em depoimento prestado aos procuradores da Lava Jato no fim do ano passado, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho declarou que parte de um pagamento de R$ 4 milhões feito por Marcelo Odebrecht foi remetido ao escritório de José Yunes em São Paulo.
Pedido a José Yunes
Em depoimento prestado aos procuradores da Lava Jato no fim do ano passado, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho declarou que parte de um pagamento de R$ 4 milhões feito por Marcelo Odebrecht foi remetido ao escritório de José Yunes em São Paulo.
"Estive com Michel Temer em um jantar no Jaburu, oportunidade em que ele solicitou a Marcelo
Odebrecht pagamento ao PMDB. Esses pagamentos, no valor de R$ 4
milhões, foram realizados via Eliseu Padilha, preposto de Temer, sendo
que um dos endereços de entrega foi o escritório de advocacia do senhor
José Yunes", disse Melo Filho aos investigadores.
A assessoria de
imprensa de Padilha informou que ele não iria se pronunciar a respeito
das declarações do ex-assessor de Temer. O ministro está internado em
Porto Alegre, com previsão de volta aos trabalhos na próxima
segunda-feira (6).
De acordo com o boletim médico divulgado nesta
sexta-feira pelo hospital, Eliseu Padilha “encontra-se com boa evolução
do quadro de saúde, recuperando-se adequadamente do procedimento
urológico cirúrgico realizado no dia 27 de fevereiro”.
ClickPB com IG
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