Unidos do Róger vence Carnaval Tradição, mas sai da avenida endividada, diz presidente da agremiação
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| Unidos do Róger e campeã em João Pessoa - (Imagem: reprodução TV Cabo Branco) |
Campeã do Carnaval Tradição de João Pessoa
deste ano, a escola de samba Unidos do Roger, sai da avenida com uma
dívida de cerca de R$ 6 mil para quitar.
Foi o que afirmou a presidente da agremiação, Fernanda Benvenutty,
após a apuração do resultado, neste domingo (27), na Avenida Duarte da
Silveira.
Em tom de desabafo, carnavalescas disse ainda que por falta de
recursos, a Unidos do Róger também não teria condições de bancar uma
comemoração do título junto a comunidade. De acordo com Fernanda, a
crise e a falta de investimento dos setores privados acabam por tirar o
brilho do evento.
“Hoje vai ter desfile em agradecimento na comunidade. As grandes
empresas não apostam e não estão coladas no Carnaval Tradição,
diferente da folia do Folia de Rua. Contamos apenas com o apoio do poder
público. Recebemos cerca de R$ 20 mil, mas no meu orçamento não
gastamos menos de R$ 40 mil. Vamos chegar o próximo carnaval ainda
quitando as dívidas”, argumentou.
A agremiação entrou na avenida com o enredo ‘Águas que Cai dos Céus e
Chuva e Água que Cai dos Olhos é Lágrima’ para contar os problemas da
água no planeta.
Sobre vítória, Fernanda Benvenutty disse que hoje foi solto um grito
que estava “preso na garganta” após a punição com a desclassificação da
escola no carnaval de 2016 por falta de quesitos de alegoria.
“Esse ano trabalhamos para reverter a desclassificação e ser campeã. Estava com esse grito preso da garganta”, disse Benvenutty.
Fernando Benvenutty também falou de outra polêmica envolvendo a
escola por trazer para avenida uma música repaginada de uma escola de
samba de Joinville (SC). Para ela, não existe nenhuma proibição de que
as músicas possam ganhar uma nova roupagem ou vir de compositores de
fora da Paraíba.
“O enredo não e nosso. É de uma escola que já apresentou e foi
cedido a nós o direito de fazer uma reedição. Toda escola pode fazer uma
reedição e a gente fez. Não existe esse negócio de samba local”,
finalizou.
As outras colocações ficaram com Malandros do Morro, Império do Samba, Independente de Mandacaru e a Pavão de Ouro.
Roberto Targino – MaisPB

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