‘Lula é o comandante da corrupção na Petrobrás’, diz Procurador da República
Em
entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (14), o Ministério
Público Federal (MPF) denunciou o ex-presidente Lula, a ex-primeira
dama Marisa Letícia, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e
outras cinco pessoas por envolvimento no caso do tríplex do condomínio
Solaris, no Guarujá (SP).
O Procurador da República e Coordenador
da Força Tarefa do Ministério Público Federal na Lava Jato, Deltan
Dallagnol, afirmou que o ex-presidente Lula “é o comandante máximo dos
crimes de corrupção na Petrobrás”.
Segundo Dallagnol, não restam
dúvidas de que “Lula era o grande general que comandou a realização e a
prática dos crimes, e que coordenava o funcionamento e, se quisesse, a
paralização”.
Os procuradores apresentaram ainda algumas
representações gráficas da chamada “proprinocracia” que foi instalada no
governo federal: “No ápice dessa piramede está o núcleo político, e no
centro desse núcleo político está o Lula”, afirmou.
No dia 26 de
agosto, a Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva a esposa, Marisa Letícia, o ex-presidente do Instituto Lula,
Paulo Okamoto e o empresário da OAS, José Aldemário Filho, no inquérito
que apura o irregularidades na propriedade e reforma do tríplex do
Condomínio Solaris, no Guarujá, litoral paulista. Depois do
indiciamento, os procuradores do MPF pediram prazo de 90 dias para
apresentar a denúncia ao juiz Sérgio Moro.
De acordo com o
delegado da PF, Márcio Adriano Anselmo, o casal foi “beneficiário de
vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançaram R$ 2,4
milhões referentes as obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício
Solaris, bem como no custeio de armazenamento de bens do casal”.
Lula
foi denunciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica, já a esposa por corrupção e lavagem. Essa é a primeira vez
que o ex-presidente é denunciado em investigações relacionadas a
Operação Lava Jato.
Antes, o ex-presidente chegou a ser alvo de
mandado de condução coercitiva, durante a deflagração da 24ª fase da
Lava Jato, batizada de Operação Aletheia, em que negou conhecer Paulo
Gordilho, engenheiro da empreiteira OAS, responsável pela reforma da
cozinha do tríplex e de um sítio em Atibaia (SP) que também é atribuído
como propriedade de Lula em outra investigação.
O prédio era de
responsabilidade da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop),
que passou a edificação para a OAS, em 2009. A defesa da esposa de Lula,
Marisa Lética, argumenta que pagou as parcelas do apartamento ao longo
de quatro anos, mas desistiu da compra.
Paraná Portal
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