Depoimento de irmão de Bruno não possibilita buscas ao corpo de Eliza Samúdio
A
Polícia Civil em Minas Gerais informou que recebeu, nesta terça-feira
(5), os documentos com o depoimento de Rodrigo Fernandes das Dores de
Souza, irmão do goleiro Bruno Fernandes, sobre a suposta localização dos
restos mortais de Eliza Samudio, mas que as informações não são
suficientes para iniciar as buscas.
A corporação afirma que o
local não foi apontado e, por isso, é preciso aguardar informações mais
concretas. O depoimento de Rodrigo foi coletado na semana passada pela
Polícia Civil do Piauí, após solicitações da Polícia Civil do Rio de
Janeiro.
Eliza desapareceu em 2010 e o corpo não foi encontrado.
Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de
quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não
reconhecia a paternidade.
O irmão do goleiro disse que sabe onde
está o corpo da ex-amante de Bruno, mas, que para dar a informação,
Rodrigo pede para ser inserido no programa de proteção à testemunha, já
que ele teme represálias de criminosos envolvidos.
“Temo pela
minha vida e da minha família, mas estou disposto a contar tudo o que
sei. Eu posso garantir que ela está morta. Não posso adiantar a
informação de onde estão os restos mortais porque depois não teria mais
argumentos para resguardar minha vida”, contou o irmão do goleiro. O
medo de revelar informações, segundo ele, se deve ao fato de facções
criminosas do Rio de Janeiro e do Maranhão estarem envolvidas no caso.
O
irmão de Bruno cumpre pena no Presídio de Altos desde 2015 e responde
por quatro processos, todos por estupro. Ele já havia sido preso em
2010, também por suspeita de abuso sexual e ameaça.
O
secretário de Segurança do Estado do Piauí, Fábio Abreu, disse que as
informações devem ser apuradas com rigor, mas ponderou sobre a conduta
de Rodrigo. “Caberá à Polícia Civil do Rio de Janeiro averiguar o
depoimento, pois o irmão de Bruno já tem um histórico de inverdades e
uma conduta suspeita”.
Caso Eliza Samudio
Em
março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente
qualificado, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Ele foi
condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do
cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.
A ex-mulher
do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi
inocentada pelo conselho de sentença. Macarrão e Fernanda Gomes de
Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de
2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22
anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto de 2013 e
condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, por
sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio com Bruno.
Elenilson foi condenado a três anos em regime aberto e Wemerson a dois
anos e meio também em regime aberto.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário