Diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações da dengue; estimativa do Ministério da Saúde aponta que o número de casos no país chegue a 5 milhões em 2024
Entre os exames disponíveis, o teste rápido NS1 se destaca por identificar a infecção em estágios iniciais, quando os sintomas podem ser sutis, mas o vírus está ativo
Segundo o infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Alexandre Cunha, a detecção precoce é fundamental para iniciar um tratamento adequado e evitar complicações e desfechos mais graves da doença. Para isso, o médico destaca o teste rápido, que faz esse diagnóstico na fase aguda e ativa da doença. “Especialmente indicado nos primeiros dias de sintomas, o exame tem como diferencial identificar a presença da proteína NS1 (Non-Structural Protein 1) durante os estágios iniciais da infecção”, detalha.
Uma das principais vantagens deste teste é a rapidez com que fornece resultados. “O exame de Dengue NS1 oferece diagnósticos em um tempo significativamente menor, permitindo intervenções médicas mais rápidas e eficazes, importantes devido à urgência do diagnóstico”, explica.
Além da rapidez, com o resultado entregue no mesmo dia, o teste de NS1 realizado no laboratório segue as melhores práticas em análises clínicas. Certificações, como o CAP, do College of American Pathologists; e PALC, do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, obtidas por empresas como o Sabin Diagnóstico e Saúde, asseguram que as amostras são coletadas por profissionais capacitados e analisadas por técnicos com formação e experiência para emitir laudos que auxiliam os médicos nos diagnósticos mais precisos.
Cunha explica, ainda, que o método permite diagnosticar a dengue independentemente do tipo do vírus que infectou o paciente (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 – todos em circulação atualmente no Brasil). A sensibilidade do teste NS1 é mais alta no terceiro dia de febre e diminui gradualmente até que se inicie a produção de anticorpos e, com isso, a neutralização do antígeno.
Outros exames tradicionais de sorologia podem identificar a infecção depois do quinto dia de sintomas até o período de recuperação da doença. Eles são realizados com base na detecção dos anticorpos IgM e IgG, que só são produzidos pelo organismo contaminado após o 4º ou 5º dia do aparecimento dos primeiros sintomas.
“Quando o NS1 já não está mais presente e há a suspeita da doença persistente ou em pessoas com mais de cinco a sete dias de sintomas, recomenda-se a pesquisa de anticorpos IgM”, esclarece. Segundo o infectologista, nos exames tradicionais, os anticorpos IgM não ficam positivos em uma infecção por um segundo sorotipo, que são justamente os casos de maior risco de complicações.
Notícias ao Minuto
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