terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Jogador de futebol é condenado à morte por participar de protesto

Acusado de traição, jogador do Irã é condenado à morte após protestar a favor das mulheres no país


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(Foto: Instagram/Reprodução)

O jogador Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, foi condenado à morte por participar de um protesto em favor das mulheres do país. Azadani foi acusado de ter sido um dos causadores da morte de três policiais na manifestação realizada no dia 25 de novembro. Ele foi preso dois dias depois do protesto. Além disso, o jogador é acusado de participar de um “grupo armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã”.

Amir Nasr-Azadani atua pelo Iranjavan FC, do Irã, e iniciou a carreira profissional em 2015. Esse é o quarto clube do jogador.

A divulgação da condenação à morte de Azadani levou uma série de personalidades e entidades a protestarem contra a medida. Ali Karimi, ex-jogador do Bayern de Munique e da seleção iraniana, pediu a liberação de Azadani.

O FIFPro, sindicato que reúne os jogadores profissionais de futebol, emitiu um comunicado informando que a entidade está “chocada” com a decisão da justiça iraniana.

“A FIFPRO está chocada e enojada com relatos de que o jogador de futebol profissional Amir Nasr-Azadani pode ser executado no Irã depois de fazer campanha pelos direitos das mulheres e pela liberdade básica em seu país. Nos solidarizamos com Amir e pedimos a remoção imediata de sua punição”, escreveu o sindicato no Twitter.

Desde setembro de 2022 o Irã está sendo sacudido por uma forte onda de protestos que começou após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos. Ela foi detida em Teerã, capital do país, por não estar usando o hijab, lenço tipicamente islâmico que cobre a cabeça das mulheres. A Polícia do país disse que a estudante sofreu um infarto. No entanto, há denúncias de que ela foi agredida até a morte pelos policiais.

Diante do aumento das manifestações, o governo iraniano autorizou que os manifestantes sejam condenados à pena de morte. A primeira condenação foi em 14 de novembro. O acusado não teve o nome divulgado.

Durante a Copa do Mundo, parte da torcida iraniana usou da exposição do torneio para poder manifestar e mostrar os abusos que ocorrem no país. Mulheres andavam pelo Catar usando camisas com os dizeres: “Liberdade para vidas femininas”. Além disso, outras usavam vestimentas com o nome de Mahsa Amini.

Fonte: Polêmica Paraíba - Créditos: Yahoo Notícias - Publicado por: Nathalia Souza

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