terça-feira, 11 de outubro de 2022

Campina Grande: lar para quem nela nasceu e para quem a escolheu para viver

Aniversário de Campina Grande: história e curiosidades sobre espaços da maior cidade do interior da Paraíba, que completa 158 anos de emancipação política


Açude Velho se tornou um cartão postal para Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal
Açude Velho se tornou um cartão postal para Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal

Quem caminha pelas ruas de Campina Grande, respira a poesia que a cidade declama nas entrelinhas dos versos que protagoniza. A história é contada por meio de cenários e do povo que comemoram, nesta terça-feira (11), o aniversário de 158 anos de emancipação política do município, que é lar para quem nele nasceu e a quem o escolheu para viver.

Mais de um século e meio agrega, ainda, curiosidades de espaços que são cotidianamente utilizados. Por isso, o G1 reuniu informações sobre alguns dos pontos mais conhecidos da história para que retalhos do passado façam parte do presente.

Para voltar no tempo, o G1 contou com a colaboração do professor Erik Brito, membro do Instituto Histórico de Campina Grande (IHCG).

Estátuas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, em Campina Grande  — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal
Estátuas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, em Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal

Açude Velho

Construído com o objetivo de suprir a necessidade hídrica da cidade em uma época de seca, o Açude Velho tomou forma em 1824. Ele abasteceu Campina Grande e municípios vizinhos por cerca de 100 anos.

Aos poucos foi se tornando um dos cartões postais da cidade. O entorno do reservatório é recanto para a arte. Nele, estão presentes os monumentos do Pioneiros, em homenagem à Bíblia e aos artistas Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

Os museus Digital e dos Três Pandeiros também estão situados nos arredores do açude, que se tornou lugar de encontro, para a prática de atividades físicas, movimentação comercial e o coração da cidade.

'Museu dos Três Pandeiros' no entorno do Açude Velho, em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV Paraíba
'Museu dos Três Pandeiros' no entorno do Açude Velho, em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV Paraíba

Parque do Povo

Antes de ser comemorado no Quartel General do Forró, o São de Campina Grande era celebrado nas ruas da cidade. Com o passar do tempo, a festa foi centralizada no local, que era um terreno conhecido como “coqueiros de José Rodrigues”.

O Parque do Povo, como é conhecido hoje, começou a ser erguido em 1986. A “Pirâmide” foi a primeira construção, com a proposta de imitar uma fogueira e ser chamada de “Forródromo”. Mas, o formato não casou com o nome. Por isso, o local ficou conhecido mesmo como a “Pirâmide do Parque do Povo”.

Em 1989, uma obra de expansão foi iniciada no Parque do Povo, construindo o que hoje é a parte de baixo do local, onde ficam as barracas, palhoças e a cidade cenográfica.

A cada ano o local ganha um cara diferente, mas que preserva a essência da festa junina, uma das mais queridas pelos nordestinos: a alegria em 30 dias de comemoração.

Parque do Povo, onde é realizado o São João de Campina Grande  — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal
Parque do Povo, onde é realizado o São João de Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Arquivo pessoal

Feira Central

Reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil, a Feira Central de Campina Grande começou as atividades entre a rua Maciel Pinheiro e Catedral Nossa Senhora da Conceição. O comércio funcionava apenas aos domingos.

Cereais, rações e algodão faziam parte das mercadorias comercializadas na feira, que somente em 1941, se fixou no local onde fica hoje. Desde então, se mantém como um dos principais mercados abertos do país.

Nela, atualmente, o campinense e os moradores de municípios vizinhos encontram frutas, verduras, carnes, artigos nordestinos e um banquete de cores, sabores e cultura regional.

Feira Central de Campina Grande  — Foto: SEDE/PMCG
Feira Central de Campina Grande — Foto: SEDE/PMCG

Praça da Bandeira

Construída em 1938, a Praça da Bandeira perdeu algumas características de sua construção, como o lago em formato de meia lua. Mas, deu espaço para novas paisagens enfeitadas pelas aves que visitam os pombais do espaço.

Em época de efervescência política, foi palanque para políticos, mas também para declamações de poetas. A finalidade do equipamento, no entanto, faz jus ao nome, o hasteamento de bandeiras.

Conhecida por alguns anos como oráculo da cidade, a praça também conta com uma cafeteria, onde o assunto político não tem hora para acabar. Já a suavidade das narrativas, fica por conta das revistas que são vendidas, há décadas, em três bancas.

Praça da Bandeira em Campina Grande — Foto: Gustavo Xavier / G1

Praça da Bandeira em Campina Grande — Foto: Gustavo Xavier / G1

Parque da Criança

Outrora era um curtume especializado em couro para confecção de calçados. Agora é um dos principais espaços de lazer da cidade.

Ideal para atividades ao ar livre, o local conta com brinquedos, áreas de convivência e equipamentos para a prática de esportes.

O parque reúne famílias, casais e grupos de amigos. Todos, com o objetivo de aproveitar a natureza.

Parque da Criança, espaço de lazer em Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Reprodução
Parque da Criança, espaço de lazer em Campina Grande — Foto: Emanuel Tadeu/Reprodução 
Blog JURU EM DESTAQUE com G1 PB

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