Ministério das Relações Exteriores da China acusa a Otan de bagunçar a Europa e causar conflitos na Ásia
O Ministério das Relações Exteriores da China acusou a Otan na última quinta-feira (28) de “bagunçar” a Europa e provocar conflitos na região da Ásia-Pacífico, depois que a secretária de Relações Exteriores do Reino Unido disse à China que deveria “jogar de acordo com as regras”, reportou a agência de notícias RFI.
Problemas com o Reino Unido
Durante a última quarta-feira, a chanceler britânica, Liz Truss, fez novos apelos para impulsionar a Otan após a guerra na Ucrânia e disse que os movimentos coordenados para isolar a Rússia da economia mundial provaram que o acesso ao mercado para países democráticos não é mais como antes.
“Os países devem jogar de acordo com as regras. E isso inclui a China”, disse ela.
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Liz Truss, chanceler britânica, em entrevista coletiva concedida em fevereiro de 2022 — Foto: Ministério das Relações Exteriores da Rússia/Divulgação/REUTERS |
Em seu discurso, Truss disse que a Otan teve que se antecipar às ameaças no Indo-Pacífico e estender sua perspectiva para democracias fora de seus membros, como Taiwan, que Pequim afirma ser uma província chinesa separatista que deve ser retomada.
A China se recusou a condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, um de seus aliados mais próximos. O movimento atraiu críticas e pedidos europeus para utilizar sua influência sobre Moscou para mudar o rumo da guerra.
“Mostramos com a Rússia o tipo de escolhas que estamos preparados para fazer quando as regras internacionais são violadas”, defendeu Wang.
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Bandeiras dos países membros da Otan hasteadas do lado de fora da sede de Bruxelas — Foto: Olivier Matthys/Associated Press |
Segundo o jornal inglês “The Guardian”, uma recente cúpula entre China-União Europeia foi tensa, pois os representantes chineses rejeitaram a pressão dos colegas europeus para ajudar a acabar com a guerra. O primeiro-ministro Li Keqiang disse que Pequim buscará a paz “à sua maneira”.
Antes disso, a secretária Truss havia dito à mídia australiana que não descarta que a China use a invasão da Rússia como uma oportunidade para lançar seu próprio ato de agressão.
Fonte: G1
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