sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Suposta ação criminosa de hackers no site do Ministério da Saúde

Sites da Saúde e do Conecte SUS saem do ar após suposto ataque hacker que copiou e excluiu dados internos dos sistemas

Grupo que teria feito a invasão na madrugada desta sexta-feira, 10, pediu contato para devolver os dados


Sites da Saúde e do Conecte SUS saem do ar após suposto ataque hacker

(FOLHAPRESS) - O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta-feira (10) após um suposto ataque hacker. Ao tentar acessar o site, usuários encontraram um recado afirmando que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos e estavam nas mãos do grupo invasor.

"Nos contate caso queiram o retorno dos dados", diz a mensagem.

Minutos depois, o recado desapareceu, mas o site continuou fora do ar. A plataforma Conecte SUS, que fornece o certificado nacional de vacinação, também saiu do ar. O Ministério da Saúde não comentou o problema.

Nas redes sociais, pessoas que conseguiram acessar o aplicativo do Conecte SUS relatam o sumiço das informações sobre vacinação. Há também relatos sobre dificuldade para fazer login e utilizar outras funções.

O "ransomware", tipo de ataque virtual que teria sido feito no site e na plataforma, criptografa os dados e impede que eles sejam acessados. Nesse tipo de ataque, os criminosos costumam pedir um resgate para devolver os dados.

O problema ocorre em um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após a descoberta da variante ômicron do coronavírus. O governo Bolsonaro, no entanto, decidiu exigir apenas uma quarentena de cinco dias de viajantes não vacinados que entrarem no Brasil. A regra passa a valer neste sábado (11).

Nesta quinta-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a decisão do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de exigir o passaporte vacinal no estado para viajantes a partir de 15 de dezembro, caso o governo não torne o documento obrigatório.

Após elogiar a Assembleia Legislativa de Rondônia, que aprovou projeto proibindo a obrigatoriedade do passaporte, o presidente afirmou:

"Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Teu estado, o cacete, porra. E se não tiver vacinado? E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso", afirmou durante evento do Dia Internacional contra a Corrupção, no Palácio do Planalto.

Na quarta-feira (08), manifestantes contrários a exigência de comprovante da vacinação contra a Covid-19 tentaram invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e foram impedidos por seguranças do local.

​Eles queriam acompanhar a votação do projeto de lei que proíbe no estado o tratamento diferenciado, constrangedor ou discriminatório às pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid.

Apresentado pelos deputados Filipe Soares (Democratas) e Márcio Gualberto (PSL), o projeto recebeu 57 emendas e voltou à tramitação nas comissões internas antes de ser votado em plenário.

Em setembro, uma página do site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi hackeada. O alvo foi a seção em que consta o formulário de Declaração de Saúde do Viajante.

O incidente ocorreu após decisão da agência de interromper jogo de futebol pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no último domingo (05) entre Brasil e Argentina.

O formulário que sofreu o ataque é obrigatório para todos, brasileiros ou não, que pretendem ingressar no país — e foi preenchido com informações falsas por quatro atletas argentinos, que ocultaram sua passagem pelo Reino Unido nos últimos 14 dias.

Ao clicar na página, aparecia uma bandeira da Argentina com a frase: "Não ficamos de quarenta (sic) para passear pelos seus servidores. Vamos ser expulsos também?".

Notícias ao Minuto 

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