terça-feira, 16 de março de 2021

Médica diz que sofreu ameaças após convite para ministério

Cotada para o Ministério da Saúde, médica Ludhmila Hajjar foi ameaçada de morte: “Tentaram invadir o hotel”

15867145245e93579cb93a7 1586714524 3x2 rt - Cotada para o ministério da Saúde, Ludhmila Hajjar foi ameaçada de morte: “Tentaram invadir o hotel”

Ao confirmar que recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde, a médica cardiologista Ludhmila Hajjar afirmou, nesta segunda-feira (15/3), que sofreu ameaças de morte após ter sido cotada para o lugar do general Eduardo Pazuello. “Fiquei assustada, mas não tenho medo”, falou.

Segundo a cardiologista, ela teve o número de celular divulgado em diversos grupos de WhatsApp pelo Brasil, recebendo diversas mensagens ofensivas e, pior, foi perseguida dentro do hotel em que estava hospedada.

A médica afirmou ter ficado “um pouco assustada” com as ameaças, mas disse que esse não foi o motivo de ter recusado o convite de Bolsonaro. “Eu não tenho medo. São pessoas radicais, que estão polarizando o Brasil”, disse.

Divergência

Ao falar sobre a recusa, a cardiologista disse que não houve consenso com o presidente Jair Bolsonaro. “A prioridade do presidente é a questão social e a questão econômica”, falou. A cardiologista deixou claro que sua prioridade é salvar vidas perdidas, com base na ciência.

“Infelizmente, acho que esse não é o momento para que eu assuma a pasta, principalmente por motivos técnicos. Eu sou médica, cientista, tenho todas as minhas expectativas em relação à pandemia. Eu acho que isto está acima de qualquer ideologia, essa é a minha posição. Eu fiquei honrada com o convite, mas pautei minha vida toda na ciência”, disse Ludhmila Hajjar, momentos após recusar a pasta, em entrevista à CNN.

Fonte: Metropoles - Créditos: Polêmica Paraíba - Publicado por: Suedna Lira

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