domingo, 7 de março de 2021

Exemplo de uma paraibana na linha da frente no combate à pandemia

COMOÇÃO, FÉ E FORÇA: conheça a história da médica paraibana na linha de frente no combate a Covid-19

WhatsApp Image 2021 03 05 at 11.26.45 - COMOÇÃO, FÉ E FORÇA: conheça a história da médica paraibana na linha de frente no combate a Covid-19

O Dia Internacional da Mulher é anualmente comemorado em todo o mundo no dia 08 de março, com a ideia de destacar a importância da mulher na sociedade e a história da luta por seus direitos.

As mulheres têm sido maioria na linha da frente no combate à pandemia do novo coronavírus, levando em consideração a sua predominância no setor da saúde. Muitas outras mulheres também foram seriamente afetadas, por se encontrarem a ocupar postos de trabalho inseguros ou precários, que desapareceram ou sofreram alterações com a crise.

Cuidadoras, inovadoras, organizadoras comunitárias e algumas líderes nacionais mais exemplares e eficazes estão no combate à pandemia. A crise destacou tanto a centralidade de suas contribuições quanto os fardos desproporcionais que as mulheres carregam. Essas profissionais da saúde dão aula sobre empatia e cuidados com o próximo. Aqui, a médica Gerlane Maria Soares relata sobre sua rotina de trabalho e família durante a pandemia da Covid-19.

“Vivenciei vários momentos muito impactantes durante esse um ano de pandemia. Famílias sendo devastadas com a perda de seus parentes. Colegas de plantão que se foram e principalmente nessa nova onda que está pegando vários núcleos familiares”, disse a Gerlane.

Médica há 32 anos, Gerlane Maria, 55 anos, afirma nunca ter vivenciado algo parecido, algo tão devastador como a pandemia da Covid-19. Porém, o que ela também não esperava é que seria acometida pela doença.

“O mundo vive um momento de tristeza. A gente vê no rosto das pessoas o sentimento de desespero. Nós que estamos dentro dos hospitais temos sensação de que o mundo está de ponta cabeça, mas nenhum momento esperávamos que chegaria a nossa vez. Tive a doença e precisei me isolar do mundo. Graças a Deus ninguém próximo a mim pegou. Fiquei o tempo todo dentro do meu quarto. Meu marido foi para uma granja e meus filhos que colocavam comida na porta do quarto até o fim da minha quarentena.

Não foi fácil, mas consegui me recuperar rápido, e logo voltei ao trabalho. Eu não desanimo. Inicio o plantão com sorriso no rosto e com pensamentos positivos que tudo vai dar certo. Tenho muita fé em Deus. Ouço ou leio sempre a palavra do evangelho que são enviadas por amigos próximos.

Minha terapia tem sido o apoio que recebo das pessoas, colegas do trabalho e amigos. São conversas informais no trabalho e em família. Meus psicólogos são o sol e o mar que amo. Sem deixar de lado um bom vinho quando posso, em casa mesmo. Tenho uma família estruturada e amigos que apoiam a minha função de ajudar e cuidar do próximo.

Desde o início da pandemia sempre tive muito cuidado ao sair do meu local de trabalho para não transmitir o vírus. No início fui para o quarto de minha filha que também é médica e está atuando na Covid-19, na tentativa de evitar o contato com meus familiares. Sempre saio dos plantões tomada banho. Sempre deixo meus sapatos fora de casa, faço o uso frequente do álcool em gel e evito aglomerações.

A mensagem que deixo para as pessoas é que sejam conscientes e tomem todos os cuidados necessários para evitar o contágio do novo coronavírus. Não pensem apenas na vida de vocês. Pensem na vida de seus parentes e amigos, que amanhã podem estar num leito de um hospital lutando para sobreviver”, relatou a médica Gerlane Maria de Soares Farias do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa. 

Fonte: Adriany Santos - Publicado por: Adriany Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário