quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica

Secretaria de Estado da Saúde alerta profissionais de saúde sobre Síndrome Pediátrica associada ao coronavírus

Ministério da Saúde monitora os casos para entender a relação entre a doença e o coronavírus. Três jovens morreram, desde o começo do ano

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nessa segunda-feira (10) uma Nota Técnica alertando profissionais de saúde e secretarias municipais de saúde sobre a ocorrência e notificação imediata obrigatória da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), potencialmente, associada ao coronavírus.

O documento emitido pela SES informa que crianças e adolescentes que se contaminaram pelo novo coronavírus têm chances de desenvolver uma doença rara, que pode levar à morte. O Ministério da Saúde monitora os casos da síndrome para entender a relação entre a doença e o coronavírus. Foram três jovens que morreram, desde o começo do ano, no Rio de Janeiro. Outros 71 casos foram registrados no Brasil, tudo de acordo com o Ministério da Saúde. Os pacientes tinham entre 7 meses e 16 anos. Até o momento, a Paraíba não apresenta nenhum caso confirmado da doença.

Em comunicado publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria “desde abril, foram relatados casos de uma síndrome rara grave em crianças e adolescentes, temporalmente associada à Covid-19, inicialmente na Europa e América do Norte e mais recentemente em vários países da América Latina. As crianças e adolescentes que manifestam a SIM-P são habitualmente saudáveis, mas podem apresentar alguma doença crônica preexistente, particularmente doenças imunossupressoras…”.

Entre os sintomas mais comuns dessa síndrome estão febre elevada e persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório, associado a marcadores de inflamação elevados e evidência de Covid-19.

“Os serviços pediátricos precisam estar atentos aos possíveis quadros que atendam à definição de caso da síndrome, objetivando ofertar a assistência necessária para o paciente e com posterior confirmação. Sendo um achado novo e em estudo a notificação auxiliará na análise do perfil epidemiológico, sendo essa uma ferramenta fundamental para a implementação de medidas necessárias”, alerta a gerente Executiva da Vigilância em Saúde, Talita Tavares.

A notificação imediata e obrigatória é essencial para que se possa caracterizar o perfil da doença no país “em pessoa, tempo e lugar”, afirma o documento. A notificação deve ser feita,  por meio de formulário de notificação do SUS disponível em http://is.gd/simpcovid, e enviado demais informações necessárias no email simpcovid.pb@gmail.com. As notificações devem ser realizadas em 24h e a amostra laboratorial encaminhada ao Lacen-PB.

Paraíba Já

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