sábado, 4 de julho de 2020

OMS aponta Brasil com registro de mais mortes no mundo

Brasil passa de 63 mil mortes com alta de 1.264 em 24 horas, aponta consórcio de imprensa

Balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde apontou que o Brasil registrou mais mortes pela doença no mundo


O Brasil tem 63.254 mortes em decorrência do coronavírus desde o início da pandemia, diz levantamento do consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Desde o boletim de ontem à noite, as secretarias estaduais de saúde contabilizam mais 1.264 óbitos. Já os 41.998 novos casos eleva o número total para 1.543.341 infectados, segundo consórcio.
Já o Ministério da Saúde divulgou hoje mais cedo que o Brasil tem 1.290 novas mortes por conta da doença. O total é de 63.174 óbitos e a letalidade, 4,1%. O dado atualizado da pasta é o maior número de novas mortes no país desde o dia 23 de junho, quando o governo federal registrou mais 1.374. Hoje cedo, um balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que o Brasil registrou mais mortes pela doença no mundo.
De ontem para hoje, o governo federal também somou 42.223 novos casos da doença — nos últimos três dias, o país teve mais de 137 mil novos pacientes infectados. Com os dados atualizados, o total é de 1.539.081 de diagnósticos.
Mesmo contabilizando testes rápidos, ineficazes para o controle da epidemia de Covid-19, o país aplicou menos testes para detectá-la do que países menos afetados pela doença. Até a semana passada, segundo o Ministério da Saúde, foram realizados 13,7 testes para cada mil habitantes.
O Chile, que tem dez vezes menos mortes, testou quatro vezes mais. A Eslováquia, que notificou 28 mortes até agora, testou quase três vezes mais que o Brasil. Os dados globais são da Universidade Oxford, que não atualiza mais informações sobre o Brasil devido à falta de informações fornecidas pelo governo federal.
O país ainda tem aos menos 868.372 casos recuperados e 607 mil em acompanhamento, segundo dados do governo.

Veículos se unem em prol da informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro (sem partido) de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa e assim buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes recentes de autoridades e do próprio presidente colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
UOL

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