Vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford dá bons resultados, mas há 'longo caminho a percorrer'
Após as candidatas à vacina passarem por todas as fases do sistema de aprovação, existirá um grande desafio para escalar a produção e tornar o produto disponível ao público.
© Reuters
O diretor de emergência da
Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, comemorou nesta
segunda-feira, 20, estudo sobre vacina contra coronavírus do laboratório
AstraZeneca desenvolvido pela Universidade de Oxford, mas ponderou que
ainda há etapas até a imunização chegar ao público.
"Estes são os estudos da fase um, agora precisamos
avançar para testes em larga escala no mundo real. Mas é bom ver mais
produtos avançando até essa fase importante na descoberta da vacina",
afirmou Ryan.
A candidata à vacina da Universidade de Oxford se
mostrou segura e produziu resposta imune em ensaios clínicos iniciais em
voluntários saudáveis, informaram cientistas da instituição nesta
segunda-feira, 20. Os testes foram realizados com mil voluntários
saudáveis, entre 18 e 55 anos.
Ryan também apontou que, após as
candidatas à vacina passarem por todas as fases do sistema de aprovação,
existirá um grande desafio para escalar a produção e tornar o produto
disponível ao público.
Indígenas e Covid-19
A
OMS também informou nesta segunda-feira, 20, que entre os povos
vulneráveis, indígenas que vivem nas Américas são o maior motivo de
preocupação durante a pandemia de covid-19.
Embora existam mais de
500 milhões de indígenas vivendo em mais de 90 países, a OMS chama
atenção para aqueles que vivem nas Américas, por ser o atual epicentro
da doença. Segundo a organização, a região registrava mais de 70 mil
casos e 2 mil mortes de indígenas até 6 de julho.
Fatores como falta de representatividade política e acesso à saúde
colocam esses povos entre os grupos de maior vulnerabilidade social.
"Taxas de pobreza, desemprego, desnutrição e de doenças transmissíveis
ou não frequentemente são altas entre indígenas, o que os deixa mais
exposto à covid-19 e suas consequências", explicou o diretor-geral da
agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Notícias ao Minuto
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