Estudo inglês revela seis tipos diferentes de Covid-19 com a ajuda de app rastreador de sintomas
Cientistas
britânicos encontraram seis maneiras diferentes de a Covid-19 se
manifestar em pacientes infectados. Publicado na quinta-feira (21) como
prévia (pré-print), o artigo traz os resultados de um aplicativo
rastreador de sintomas da doença causada pelo novo
coronavírus Sars-CoV-2.
A
equipe do King’s College London, do Reino Unido, descobriu que as seis
possíveis formas doença estão relacionadas aos níveis de gravidade da
infecção e com a probabilidade de um paciente precisar ou não de
ventilação mecânica em caso de internação.
Os seis tipos da Covid-19 descobertos pelos pesquisadores são os seguintes:
Como uma gripe, sem febre — dor de cabeça, perda de olfato, dores musculares, tosse, dor no peito, sem febre
Como uma gripe, com febre — dor de cabeça, perda de olfato, tosse, dor de garganta, rouquidão, febre, perda de apetite
Gastrointestinal — dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite, diarreia, dor de garganta, dor no peito, sem tosse
Tipo severo, nível 1 — dor de cabeça, perda de olfato, tosse, febre, rouquidão, dor no peito, fadiga
Tipo
severo, nível 2 — dor de cabeça, perda de olfato, perda de apetite,
tosse, febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão
mental, dor muscular
Tipo severo, nível 3 - quadro respiratório e
abdominal — dor de cabeça, perda do olfato, perda de apetite, tosse,
febre, rouquidão, dor de garganta, dor no peito, fadiga, confusão
mental, dor muscular, falta de ar, diarreia, dor abdominal.
Com a
descoberta, os cientistas esperam que os médicos consigam prever quais
pacientes com Covid-19 correm mais riscos de precisar de atendimento
hospitalar em futuras ondas da epidemia.
“Se
você consegue prever quem são essas pessoas no quinto dia [após
contrair a doença], você tem tempo para dar a elas apoio e intervenções
precoces, como monitoramento do nível de oxigênio e açúcar no sangue”,
comenta a médica Claire Steves, que co-liderou a pesquisa, em entrevista
à Reuters.
O estudo ainda não passou pela revisão por pares,
etapa necessária para publicação como artigo em revistas científicas.
Além disso, a pesquisa se refere a tipos da doença de acordo com
sintomas, e não se refere a outras cepas e mutações do vírus.
G1 - Publicado por: Gerlane Neto
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