Brasil tem 849 mortes por coronavírus em 24 horas, revela veículos de imprensa
Conforme os dados reunidos, o País soma 710.887 registros de contaminação e 37.312 óbitos pela doença.

© Reuters
O Brasil registrou 849 novas
mortes e contabilizou mais 19.631 infectados pelo novo coronavírus nas
últimas 24 horas, segundo levantamento conjunto feito pelos veículos de
comunicação Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL
e divulgado nesta segunda-feira, 8. Conforme os dados reunidos, o País
soma 710.887 registros de contaminação e 37.312 óbitos pela doença.
São Paulo é o Estado com mais infecções e mortes
registradas (9.188 óbitos e 144.593 casos), seguido do Rio (6.781 mortes
e 69.499 infectados) e do Ceará (4.192 mortos e 66.218 contaminados). O
Brasil é o terceiro país com mais mortos pelo vírus, atrás apenas dos
Estados Unidos e do Reino Unido. A escalada do número de vítimas ocorre
em meio a anúncios de flexibilização da quarentena por governadores e
prefeitos.
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria
entre os jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças
para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar números
totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à
decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a
pandemia, o que ocorreu a partir da semana passada.
Com
esse consórcio dos veículos de imprensa, o objetivo é informar os
brasileiros sobre a evolução da Covid-19 no País, cumprindo o papel de
dar transparência aos dados públicos. Segundo balanço divulgado pelo
Ministério da Saúde no início da noite desta segunda, foram notificados
no País em 24 horas novos 679 óbitos e 15.654 infectados.
Atraso
Em
3 de junho, o Brasil bateu recorde, com o registro de 1.349 óbitos em
24 horas. Naquele dia, o governo atrasou a divulgação do balanço, que
foi enviado por volta das 22h - os números vinham sendo liberados entre
19h e 20h. Na sexta, 5, terceiro dia seguido de atraso, Bolsonaro se
recusou a responder de quem havia partido a ordem para postergar a
publicação. Ele disse: "Acabou matéria no Jornal Nacional", referindo-se
ao jornal da TV Globo, o de maior audiência no País.
Na mesma
sexta, o portal do ministério com o balanço saiu do ar. O site retornou
no sábado, 6, mas passou a apresentar só informações sobre os casos
"novos" - registrados no próprio dia. Não havia mais os números totais
de mortos e infectados. Nesta segunda-feira, os dados foram divulgados
em uma coletiva de imprensa, por volta das 18h.
No começo da pandemia, balanço era divulgado no fim da tarde
Quando
o ministério estava sob o comando de Luiz Henrique Mandetta, a pasta
divulgava dados diários em coletivas de imprensa por volta das 17h. Em
algumas ocasiões, os números eram a atualizados antes em uma plataforma
criada pelo governo.
Com a demissão de Mandetta e a nomeação de
Nelson Teich, a pasta mudou o horário de divulgação para 19h, com a
justificativa de que haveria mais tempo para coletar informações e
divulgar números mais consolidados. Após Teich pedir demissão, o
ministério manteve a divulgação no mesmo horário, com atrasos eventuais.
Estatísticas são úteis para planejar políticas públicas
Segundo
especialistas, ter transparência e qualidade na divulgação dos dados
sobre infecções e mortes em decorrência da Covid-19 é fundamental para
compreender a evolução da pandemia. É isso que mostra onde novos casos
estão surgindo, onde a epidemia ainda está em curva ascendente e onde
está arrefecendo.
Sem clareza e segurança sobre esses números,
apontam cientistas, é impossível tomar decisões sobre quais lugares
precisam de reforço para a abertura de leitos de UTI, a oferta de
respiradores ou mesmo em quais é possível iniciar os movimentos de
abertura do isolamento social.
Notícias ao Minuto.
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