Tribunal Superior Eleitoral estuda eleição com votações das 07h00 às 20h00 ou em dois dias seguidos
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está estudando medidas para evitar as
aglomerações de pessoas nos locais de votação nas eleições deste ano. O
tema foi apresentado durante a primeira reunião do novo presidente do
colegiado, Luiz Roberto Barroso, com os presidentes dos Tribunais
Regionais Eleitorais (TREs) das 27 Unidades da Federação, ocorrida nesta
segunda-feira (1º).
Uma
das medidas estudadas prevê o alargamento do horário de votação em cada
um dos dias destinados às eleições. A proposta prevê o início dos
trabalhos às 07h00, se estendo até as 20h00. Hoje, a votação ocorre entre as 08h00 e as 17h00. Dos presidentes dos TREs surgiram proposta também para que
os votos sejam colhidos em dois dias, com os eleitores de cada seção
designados para votar num determinado dia.
Houve
ainda uma proposta para que as votações sejam estabelecidas em dias
diferentes para grupos de municípios, o que possibilitaria que mais
urnas fossem usadas em cada cidade e, depois, levadas para as eleições
nas cidades seguintes. Por fim, ainda está sendo considerada a
possibilidade de se dividir a votação por turnos, conforme a idade. Em
virtude do aumento dos custos com mesários e com o apoio das Forças
Armadas e para garantir a segurança das urnas, o presidente do TSE
avaliou que a votação em dois dias por cada turno seria a opção menos
viável.
Possibilidade de adiamento
Considerando
as medidas impostas pelas autoridades sanitárias para combater a
pandemia e a evolução da curva de contágio no país, Luís Roberto Barroso
afirmou que é possível que as eleições, inicialmente previstas para
ocorrerem em outubro, precisem ser adiadas para novembro e dezembro.
Segundo ele, o Congresso Nacional – a quem cabe aprovar a emenda
constitucional que estabelecerá esse adiamento – já está estudando a
hipótese de que o primeiro turno da votação para prefeitos e vereadores
ocorra no dia 15 de novembro e, o segundo, no dia 6 de dezembro.
Barroso
adiantou que o TSE, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal concordam
que o adiamento deve ocorrer pelo menor tempo possível, de modo que não
seja necessária a prorrogação dos mandatos dos políticos. Ele disse que
tem ouvido médicos infectologistas, sanitaristas e epidemiologistas, e
que acredita que a curva de contágio do novo coronavírus já estará num
viés descendente no fim do ano, o que possibilitaria a realização das
eleições com segurança.
Segurança sanitária
Fazer
com que as eleições não se constituam em risco para a saúde dos
eleitores e dos colaboradores da Justiça Eleitoral tem sido uma grande
preocupação do TSE, afirmou Luís Roberto Barroso. O ministro disse aos
desembargadores que essa questão deverá voltar a ser tratada com mais
detalhes no futuro, mas adiantou que o Tribunal buscará a colaboração da
iniciativa privada para a doação de máscaras, álcool em gel e demais
itens de segurança que possam garantir, sem mais custos para os cofres
públicos, eleições sem riscos para todos.
Também
para minimizar o contato físico e a possibilidade de transmissão do
novo coronavírus, o presidente do TSE informou que, provavelmente, a
identificação dos eleitores por meio da biometria será dispensada nas
eleições deste ano.
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