Petrobras sobe preço da gasolina em 10% a partir desta terça-feira; preço do diesel não terá alteração
A
Petrobras elevará em 10% o preço da gasolina em suas refinarias a
partir desta terça (09). Será o quinto aumento consecutivo desde o início
de maio, quando as cotações internacionais do petróleo começaram a se
recuperar. O preço do diesel, que subiu duas vezes no mês passado, não
terá alterações.
Após
o reajuste, o valor de venda da gasolina pelas refinarias da estatal
passará, em média, a R$ 1,44 por litro. Desde que a sequência atual de
aumentos foi iniciada, o preço do combustível vendido pela Petrobras
acumula alta de 60%. Ainda assim, o valor atual ainda é menor do que o
vigente no início do ano.
O
repasse às bombas depende das políticas comerciais de distribuidores e
revendedores. Segundo a Petrobras, o preço da gasolina nas refinarias
equivale a 25% do valor de venda do produto nas bombas. A fatia restante
é composta por impostos e custos de margens de lucro de distribuidoras e
postos.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo,
Gás e Biocombustíveis), a sequência de aumentos em maio já começa a
chegar ao consumidor. Na semana passada, o litro da gasolina foi vendida
pelos postos brasileiros, em média, a R$ 3,895, aumento de 1,5% em
relação à semana anterior.
Foi a primeira alta no preço cobrado
pelos postos em 19 semanas, mostram os dados da ANP. No fim de janeiro,
quando a curva de queda foi iniciada, o litro do combustível era
vendido, em média no país, a R$ 4,594. O preço do diesel também subiu
nas bombas na semana passada, para R$ 3,045 por litro, 1,2% a mais do
que na semana anterior.
A sequência de cortes promovida pela
Petrobras em meados do primeiro trimestre ajudou a derrubar a inflação
brasileira, que fechou abril em -0,31%, o menor valor desde agosto de
1998. O grupo Transportes, onde estão os combustíveis, caiu 2,66%,
compensando parcialmente a alta dos preços dos alimentos.
Os
reajustes de maio e junho seguem a recuperação das cotações
internacionais do petróleo, que subiram, em reais, 53% entre 30 de abril
e a última sexta-feira (05), impulsionadas pelo relaxamento de restrições ao
deslocamento de pessoas em países que controlaram a curva de
contaminação por Covid-19.
A política de preços da Petrobras
considera as cotações internacionais do petróleo, a taxa de câmbio,
custos para a importação dos produtos e margem de lucro.
Fonte: Folhapress - Publicado por: Larissa Freitas
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