Depois de piada com cloroquina, presidente Jair Bolsonaro diz lamentar mortes por Covid
O presidente também afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará na manhã desta quarta-feira novo protocolo que permitirá o uso da cloroquina

© Reuters
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) -
Após fazer piada com a politização do uso da hidroxicloroquina, o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou esta quarta-feira (20)
lamentando as mortes causadas pelo novo coronavírus.
"Dias difíceis. Lamentamos os que nos deixaram", escreveu Bolsonaro em uma rede social logo ao amanhecer.
Na terça-feira (19), o Brasil rompeu a marca simbólica de mais de mil mortes diárias em decorrência do novo coronavírus. Ao todo, são 17.971 óbitos e 271.628 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde.
A
propaganda oficial do governo ignorou a escalada de óbitos. Peça da
Secom (Secretaria de Comunicação) publicada no Twitter preferiu destacar
o que chama de "placar da vida", com números de curados.
A
postagem recebeu uma enxurrada de críticas dos internautas.Na mesma
noite, em uma entrevista na internet, Bolsonaro não fez qualquer
comentário sobre o recorde de mortes, mas fez piada sobre a politização
acerca do uso da hidroxicloroquina - medicamento sem comprovada eficácia
contra a doença. "Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína", ironizou, referindo-se a uma marca de refrigerante.
Na mesma transmissão, o presidente afirmou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, assinará
na manhã desta quarta-feira novo protocolo que permitirá o uso da
cloroquina em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus. O
assunto foi abordado novamente na publicação feita nesta manhã."Hoje
teremos novo protocolo sobre a cloroquina pelo Ministério da Saúde. Uma
esperança, como relatado por muitos que a usaram. Que Deus abençoe o
nosso Brasil", escreveu Bolsonaro.
Notícias ao Minuto
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