Mortos por coronavírus passam de 250 mil no mundo; Estados Unidos têm 69 mil vítimas
O coronavírus deixou mais de 250 mil vítimas fatais no mundo, de acordo com dados da Johns Hopkins desta terça-feira (5).
Até
o momento, foram registrados quase 252 mil óbitos no mundo, com 3,6
milhões de casos. O continente mais afetado é a Europa, com mais de 145
mil mortes e 1,6 milhão de casos.
Os Estados Unidos lideram a
lista de países com mais mortes (quase 69 mil). Apesar de ter registrado
o menor balanço diário na segunda-feira desde abril, provavelmente a
nação vai superar a marca de 100 mil vítimas fatais em junho, de acordo
com vários modelos de previsão epidemiológica.
Um dos modelos, do
Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), revisou e aumentou
na segunda-feira suas previsões de 72 mil para quase 135 mil mortos nos
Estados Unidos até 4 de agosto, uma consequência da saída prematura do
confinamento em algumas regiões do país.
No domingo, o presidente Donald Trump admitiu que o país deve “perder” 75 mil, 80 mil, ou inclusive 100 mil pessoas.
O
balanço de mortes diárias diminuiu nos últimos dias na Europa, onde
alguns países começaram a suspender as restrições adotadas durante
semanas, mas com prudência, para evitar uma segunda onda de
contaminação.
Em busca de uma vacina
Uma vacina é “nossa
melhor oportunidade coletiva para vencer o vírus”, disse a presidente da
Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Temos
que desenvolvê-la, produzi-la e transportá-la para todos os cantos do
mundo, a preços acessíveis”, destacou a dirigente durante uma
conferência de doadores.
A conferência on-line permitiu arrecadar 7,4 bilhões de euros para financiar as pesquisas sobre uma vacina.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que apenas o desenvolvimento
de uma vacina, ou de um tratamento, poderá acabar com a pandemia, que
obrigou bilhões de pessoas em todo planeta a permanecerem em suas casas
durante semanas e que paralisa a economia mundial.
Mais de 100
projetos de vacina estão registrados no mundo, dez deles na fase de
testes clínicos, segundo a London School of Hygiene and Tropical
Medicine.
Ao mesmo tempo, a vida retoma uma certa normalidade em
vários pontos do planeta. Primeiro estado americano a decretar o
confinamento, a Califórnia começará a suspender algumas restrições
durante a semana, anunciou o governador Gavin Newsom.
“Milhões de
californianos respeitaram as regras do confinamento e, graças a eles,
estamos preparados para começar a próxima etapa”, declarou o governador
democrata, sob pressão constante para flexibilizar as restrições e
reativar a economia do estado, região que tem o quinto maior Produto
Interno Bruto (PIB) do mundo.
Economia ou saúde
Em todo mundo, existe o mesmo dilema entre a precaução sanitária e a necessidade de retomar a atividade econômica.
Nos
Estados Unidos, a pandemia afeta em cheio os haitianos que trabalham no
setor avícola, uma mão de obra barata mas vital em um país que teme a
escassez de carne.
“Todo dia eu rezo a Deus para que nada aconteça
comigo”, declarou à AFP Tina, de 27 anos, funcionária de uma unidade
avícola de Georgetown, no estado do Delaware.
“Gostaria de ficar em casa com meus três filhos, mas não tenho outra escolha, as contas chegam de todos os lados”, completa ela.
Na Europa, com muitas precauções, 15 países decidiram suspender na segunda-feira parte das medidas de confinamento.
Este
é o caso da Espanha, uma das nações mais afetadas do mundo, com 25 mil
vítimas fatais, e que iniciou um desconfinamento por fases após uma
paralisação da economia durante semanas.
O governo anunciou nesta
terça-feira 283 mil novos desempregados em abril, o que eleva o total de
pessoas à procura de trabalho para 3,83 milhões, 8% a mais do que em
março.
No Reino Unido, mais de seis milhões de pessoas estão em desemprego parcial pela pandemia.
Na
Itália, os parques reabriram ao público, enquanto a Alemanha autorizou a
retomada das atividades nas igrejas e museus. O país também registra
fila de espera nos salões de beleza e barbearias.
Países como
Portugal, Sérvia, Bélgica, Áustria, Turquia, Israel, Nigéria, Tunísia,
ou Líbano, também começaram a facilitar a liberdade de deslocamentos.
Beisebol na Coreia do Sul
Na
Coreia do Sul, a temporada de beisebol está programada para ser
retomada nesta terça-feira, com cinco partidas com portões fechados. O
país foi um dos primeiros focos de coronavírus no mundo.
Algumas
partes do mundo ainda permanecem confinadas. Montreal, no Canadá,
decidiu manter as restrições por mais uma semana, devido ao reduzido
número de leitos nos hospitais.
Na ilha francesa de Mayotte, no
Oceano Índico, o início do desconfinamento previsto para 11 de maio foi
adiado, porque o “vírus circula livremente”, afirmou o primeiro-ministro
francês, Edouard Philippe.
O Japão prorrogou até 31 de maio o estado de emergência, muito menos severo do que na Europa.
G1 -
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