Ex-presidente Fernando Collor de Mello pede desculpas pelo confisco do saldo de cadernetas de poupança
O
ex-presidente Fernando Collor de Mello pediu desculpas, nesta
segunda-feira (18), pelo confisco de parte do saldo de cadernetas de
poupança e contas-correntes em março de 1990.
Em uma sequência de
publicações na rede social Twitter, Collor afirmou que a decisão – que
classificou como dificílima – foi tomada na tentativa de conter a
hiperinflação de 80% ao mês.
“Os
mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra
em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome”, disse o
ex-presidente, hoje senador por Alagoas.
“Sabia que arriscava ali perder a minha popularidade e até mesmo a
Presidência, mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu
governo”, escreveu.
O Plano Collor limitou os saques a 50 mil
cruzeiros, moeda que substituiu o cruzado novo. A promessa do governo à
época era controlar a inflação e desbloquear o dinheiro um ano e meio
depois.
O controle da inflação só veio em 1994, com o Plano Real.
As perdas dos poupadores com o Plano Collor até hoje são discutidas na
Justiça.
Nas publicações feitas nesta segunda-feira, Collor disse ter acreditado que “medidas radicais eram o caminho certo.”
O
ex-presidente reforçou sua presença digital recentemente no Twitter.
Tem interagido com seguidores e dado resposta bem-humoradas; já fez
comentários sobre o reality show Big Brother Brasil e agradeceu a elogios
a sua aparência na época em que ocupou o Planalto.

Fonte: Folha de S. Paulo
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