CORONAVÍRUS: Brasil é um dos países emergentes mais vulneráveis, afirma Bank of America
O
Brasil é um dos países emergentes mais vulneráveis à pandemia
do novo coronavírus (Covid-19), segundo o norte-americano Bank of
America (BofA). A pesquisa do banco analisa 5 mil indicadores entre 71
países emergentes.
O BofA, no entanto, informa que as maiores
economias dos emergentes permanecem resilientes à crise do coronavírus
em termos de conta corrente, liquidez externa e estabilidade do setor
bancário.
Embora a situação dos países ainda não seja preocupante,
“há questões a se observar, como o lado fiscal do Brasil e África do
Sul e as reservas em moeda estrangeira da Turquia”. A doença
“provavelmente representa futuros riscos de queda dos indicadores”,
relata o banco.
Dentre os 10 maiores emergentes, segundo a
instituição financeira, a Índia ocupa o primeiro lugar, enquanto
a China, a segunda maior economia do planeta, está em quinto lugar.
Segundo
o BofA, a Rússia também está entre as maiores nações, “graças ao câmbio
flexível, a manutenção de superávit em conta corrente, um pequeno
déficit fiscal – ainda que os preços do petróleo estejam muito baixos”.
Além disso, o banco diz que o país possui um baixo endividamento público
e altas reservas internacionais.
Segundo a instituição
estadunidense, Brasil, África do Sul e Turquia são os grandes emergentes
mais fracos. O banco informa que “o Brasil está melhorando, mas
permanece como o terceiro grande emergente mais fraco diante da dívida
pública e do déficit fiscal, que são as maiores vulnerabilidades”.
Quanto
à Turquia, o BofA aponta que a dívida pública mantém-se baixa, no
entanto, a liquidez externa é preocupante. O país é o único dos maiores
emergentes que não cumpre as normas básicas de liquidez externa.
O
banco indica que a África do Sul é o pior ranqueado entre os maiores do
grupo, devido à estagflação, os déficits gêmeos (orçamento e em conta
corrente) e um grande endividamento em todos os setores da economia.
Em
relação aos ‘mercados de fronteira’, aqueles países com acesso limitado
aos mercados internacionais e maior risco, o banco norte-americano
informa que “muitos já têm programas com o Fundo Monetário Internacional
(FMI), mas com muitos outros, provavelmente, vão requerer assistência
externa, a não ser que as condições globais melhorem logo”.
O BofA
diz que “felizmente o FMI dispõe de US$ 1 trilhão (R$ 5,06 trilhões)”
para assistência aos países em combate ao coronavírus. O banco pontuam
Barein, Líbano, Moçambique, Senegal, Tunísia e Zâmbia como os mais
vulneráveis dentre os menores emergentes.
Fonte: SUNO - Publicado por: Larissa Freitas
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