Médico infectologista paraibano explica diferença entre confinamento vertical e horizontal
O
médico infectologista Fernando Chagas, do Hapvida em João Pessoa, faz
um alerta à população para a importância de se manter o confinamento
horizontal nesse momento de enfrentamento à proliferação do coronavírus
no Brasil. De acordo com ele, por meio do confinamento horizontal é
possível resguardar a saúde de idosos e pessoas que possuam
comorbidades, ou seja, que tenham ocorrência de duas ou mais doenças
relacionadas no mesmo paciente e ao mesmo tempo.
Fernando chagas
explica que existe o confinamento horizontal e o vertical. O horizontal é
aquele voltado para toda a população, sem distinção, de forma que
garanta que todos estejam resguardados e não se tornem o foco de
transmissão do coronavírus, por exemplo. Já o confinamento vertical é
voltado ao paciente mais propenso a evoluir para um caso grave da
doença.
“Então num tipo de confinamento em que se isola a
população de maior risco, seria para garantir que essas pessoas mais
vulneráveis não adquirissem a doença e evoluíssem para a forma grave. No
outro caso, seria para diminuir a probabilidade da pessoa de risco
contrair a doença, mas também das outras que não têm tanto risco se
tornarem vetor para a transmissão. Dessa forma, os confinamentos
horizontais e verticais são fundamentais nesse momento”, destaca o
infectologista.
Risco
O especialista fez uma
comparação do coronavírus com o O H1N1. Segundo ele, o H1N1 tem uma
média de mortalidade de uma pessoa a cada mil acometidos. No caso do
coronavírus, esse número pode chegar a até 50 pessoas a cada mil
infectados. “É um universo grande de letalidade e quando consideramos
que milhares de pessoas podem ser acometidas pela doença, a gente tem
uma dimensão do risco do que ela representa para toda a comunidade. O
coronavírus têm a potencialidade de causar muitas mortes”, alerta.
O
infectologista do Hapvida disse ainda que o momento agora é de manter a
calma e cumprir o isolamento. Para ele, é importante que a população se
mantenha atenta para o risco do coronavírus no Brasil. “Nesse momento
temos que ter mais cuidado, mas também temos que trocar o medo pelo
respeito à doença”, observa.
Fonte: Assessoria - Créditos: Polêmica Paraíba - Publicado por: Adriany Santos
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