Argentino em cruzeiro no Japão é o primeiro latino-americano com coronavírus
Um
dos 61 contaminados pelo novo coronavírus no navio de cruzeiro “Diamond
Princess” é um argentino, informou o Ministério da Saúde do Japão nesta
sexta-feira (7). Esse primeiro caso de contaminação de um
latino-americano nesta epidemia, que já deixou mais de 600 mortos.
A
embarcação, que transporta 3.700 pessoas, está em quarentena na costa
do Japão. A identificação do passageiro não foi divulgada. Oito
argentinos estão a bordo, segundo o diário “El Clarín”.
As
autoridades divulgaram a nacionalidade de 41 passageiros infectados: são
21 japoneses, oito americanos, cinco canadenses, cinco australianos, um
britânico e um argentino.
O anúncio da quarentena aconteceu dois
dias após o Japão anunciar que não vai permitir a entrada de pessoas que
tenham passado pela China nos últimos 14 dias.
O primeiro caso em
território japonês foi confirmado em 28 de janeiro. De acordo com o
Ministério da Saúde do Japão, o paciente era um motorista de ônibus de
60 anos que transportou um grupo de viajantes de Wuhan entre 8 e 16 de
janeiro.
Casos na China passam de 31 mil
A província chinesa
de Hubei, epicentro da epidemia do novo coronavírus, o 2019 n-CoV,
registrou 69 novas mortes, de acordo com atualização da noite desta
quinta-feira (6). Com isso, são 637 óbitos no país. Outros 2.447 casos
foram confirmados apenas na região mais afetada, totalizando mais de
31.211 mil em toda a China.
A morte do médico chinês Li Wenliang,
apontado por um dos primeiros a identificar a existência do surto, foi
confirmada por volta das 17h desta quinta pelo Hospital Central de Wuhan
em seu perfil na rede social Weibo.
“Li Wenliang, oftalmologista
do nosso hospital, infelizmente infectado na luta contra a epidemia do
novo coronavírus, (…) morreu às 2h58 de 7 de fevereiro de 2020 (1h58 de 6
de fevereiro no horário de Brasília). Lamentamos profundamente”, diz
trecho da nota divulgada pelo hospital.
Li
Wenliang, de 34 anos, foi um dos oito médicos que a polícia chinesa
investigou sob acusação de “espalhar boatos” relacionados ao surto. Ele
era casado e tinha uma filha de cinco anos.
A morte de Li chegou a
ser anunciada no começo da tarde desta quinta-feira por ao menos dois
veículos de comunicação estatais da China. Logo em seguida, o Hospital
Central de Wuhan, negou e disse que ele ainda estava em estado grave na
UTI, mas, por volta das 17h, confirmou a morte do funcionário.
Fonte: G1 - Publicado por: Fabricia Oliveira
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