Com mudança ministerial, presidente Jair Bolsonaro discute oferecer embaixada a Osmar Terra
***ARQUIVO***BRASILIA, DF, 04.12.2018: Ministro Osmar Terra (Cidadania) deixa sede do governo de transição, em Brasília - (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) |
BRASÍLIA,
DF (FOLHAPRESS) - Com a decisão de deslocar o ministro Onyx Lorenzoni
da Casa Civil para a Cidadania, o presidente Jair Bolsonaro ofereceu o
comando de uma embaixada ao ministro Osmar Terra, que ficou de consultar
sua família antes de dar uma resposta sobre o convite.
A
ideia de indicar o ministro para uma embaixada, segundo assessores
presidenciais, foi debatida ao longo desta quarta (12) pelo presidente
com o Ministério de Relações Exteriores. A medida seria uma forma de
compensar a saída de Terra da Esplanada dos Ministérios.
Foram
postas na mesa duas representações diplomáticas: Argentina e Espanha. À
frente de ambas estão nomes indicados pelo ex-presidente Michel Temer
(MDB).
Bolsonaro pretende definir a mudança com Osmar Terra até esta sexta-feira (14).
Para assumir o posto no exterior, o ministro precisaria renunciar ao mandato de deputado federal pelo MDB.
Na
semana passada, como a Folha de S.Paulo mostrou, o presidente decidiu
retirar Onyx da Casa Civil e passou a cogitá-lo para a Cidadania. O
ministro foi avisado nesta quarta-feira (12) que será deslocado para a
pasta, que gerencia, por exemplo, o programa Bolsa Família.
A
ideia é que, a partir de agora, a Casa Civil deixe de atuar de maneira
informal na articulação política e tenha o perfil gerencial reforçado.
Em
conversas reservadas, o presidente vinha reclamando da lentidão de
programas federais e do atraso na conclusão de projetos. Para ele, a
insistência de Onyx em atuar junto ao Poder Legislativo comprometeu o
ritmo do governo.
Para
evitar que o cenário se repita, o presidente convidou para o posto um
militar, o general Walter Souza Braga Netto atual chefe do Estado-Maior
do Exército e que foi interventor federal na área de segurança pública
no Rio de Janeiro.
Segundo
relatos feitos à reportagem, no entanto, Braga Netto tem resistido ao
convite, o que levou o presidente a avaliar duas alternativas: o general
Geraldo Antonio Miotto, atual Comandante Militar do Sul, e o almirante
Flávio Augusto Viana Rocha, atual comandante do 1º Distrito Naval.
Caso
nenhum dos militares aceite assumir a pasta, o presidente avalia uma
solução interna: deslocar Ramos da Secretaria de Governo para a Casa
Civil. Nesse caso, Bolsonaro considera colocar à frente da articulação
política o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), amigo de longa
data.
Yahoo - GUSTAVO URIBE E JULIA CHAIB - Folhapress
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