Foguetes atingem base dos Estados Unidos no Iraque; TV estatal atribui autoria ao Irã
Uma
base aérea que abriga tropas dos Estados Unidos e da coalizão no Iraque
foi atingida por foguetes, na noite desta terça-feira, segundo fontes de
segurança norte-americanas informaram a veículos de imprensa do país.
Ainda não se sabe se houve vítimas.
A
TV estatal do Irã disse que a Guarda Revolucionária do País lançou
“dezenas” de foguetes, como resposta à morte do general iraniano Qassim
Soleimani, na última quinta-feira, após um ataque americano.
A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que o presidente Donald Trump já foi informado dos ataques.
“Estamos
cientes dos relatos de ataques às instalações dos EUA no Iraque. O
presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e
consultando sua equipe de segurança nacional”, disse ela, em relato
reproduzido pela rede americana CNN.
Em dezembro de 2018, Donald
Trump fez uma visita surpresa a esta base, atingida hoje, para declarar
que “os Estados Unidos não podem continuar a ser a polícia do mundo”.
Morte de general
A
ação ocorre poucos dias depois do ataque coordenado pelos americanos
contra um aeroporto em Bagdá, no Iraque, e que matou Qassim Suleimani, o
chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã, considerado um dos
homens mais importantes do país. Além dele, ao menos outras sete
pessoas também morreram.
A ação foi o resultado de um longo e
complexo processo de apuração de dados de inteligência coletados por
agentes de campo, informantes secretos, interceptação eletrônica de
mensagens, rastreamento por meio de aeronaves de reconhecimento e
“outros meios de caráter reservado”, de acordo com o Pentágono.
Os
Estados Unidos utilizaram o drone MQ-9 Reaper, tido como o principal e
mais letal veículo aéreo não tripulado de ataque ofensivo da Força Aérea
americana.
O
general Suleimani, de 62 anos, era visto como um herói no Irã e exercia
um papel-chave nas negociações políticas para formar um governo no
Iraque. Foi um dos principais personagens do combate às forças
jihadistas na região, tinha uma atuação fundamental no reforço da
influência diplomática de Teerã no Oriente Médio, especialmente no
Iraque e na Síria.
Após
se manter discreto durante décadas, Suleimani começou a aparecer nas
manchetes dos jornais depois do início da guerra na Síria, em 2011, onde
o Irã apoia o regime do presidente Bashar al Assad.
Fonte: Uol - Publicado por: Gerlane Neto
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