Secretário da Cultura do governo Jair Bolsonaro é demitido após copiar fala de nazista
Exoneração será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União. Presidentes da Câmara, do Senado e do STF repudiaram vídeo que copia Goebbels
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| Secretário Nacional da Cultura, Roberto Alvim, parafraseia Goebbels em vídeo Reprodução/Reprodução |
O secretário especial de Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, foi demitido do cargo nesta sexta-feira, 17. Alvim deixa o cargo depois da divulgação de um vídeo em que copiou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, para anunciar a criação do Prêmio Nacional das Artes.
Antes da confirmação da demissão, interlocutores do Palácio do Planalto e congressistas próximos ao governo Bolsonaro diziam que a situação do secretário era insustentável e davam como certa a exoneração. A oficialização da demissão sairá em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta.
Postado no perfil do Twitter da Secretaria, o vídeo causou indignação nas redes sociais tanto pelo discurso quanto pela estética, semelhante à de pronunciamentos de Goebbels (veja abaixo).
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o secretário de Cultura.
Ele parafraseou uma fala de Goebbels registrada no livro Joseph Goebbels: Uma biografia, do historiador alemão Peter Longerich: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”. A declaração foi feita em 1933 por meio de uma carta em que o nazista sugeria “novas direções” ao teatro.
A trilha sonora usada no vídeo protagonizado por Roberto Alvim é Lohengrin, do compositor favorito de Hitler, o alemão Richard Wagner. A ópera é citada no livro Mein Kampf (Minha Luta), do nazista.
Veja vídeo:
Antes da confirmação da demissão, interlocutores do Palácio do Planalto e congressistas próximos ao governo Bolsonaro diziam que a situação do secretário era insustentável e davam como certa a exoneração. A oficialização da demissão sairá em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta.
Postado no perfil do Twitter da Secretaria, o vídeo causou indignação nas redes sociais tanto pelo discurso quanto pela estética, semelhante à de pronunciamentos de Goebbels (veja abaixo).
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o secretário de Cultura.
Ele parafraseou uma fala de Goebbels registrada no livro Joseph Goebbels: Uma biografia, do historiador alemão Peter Longerich: “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”. A declaração foi feita em 1933 por meio de uma carta em que o nazista sugeria “novas direções” ao teatro.
A trilha sonora usada no vídeo protagonizado por Roberto Alvim é Lohengrin, do compositor favorito de Hitler, o alemão Richard Wagner. A ópera é citada no livro Mein Kampf (Minha Luta), do nazista.
Veja vídeo:

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