Irã promete vingança

‘Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação’, afirma Donald Trump

Essa é a segunda manifestação do presidente dos EUA após ataque que matou líder iraniano; antes, ele havia tuitado uma bandeira americana

Donald Trump ainda não deu entrevista sobre o ataque que matou líder militar no Irã - Evan Vucci/AP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi breve ao comentar no Twitter o ataque dos Estados Unidos que matou um líder militar do Irã, Qassem Soleimani. “O Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação”, escreveu o líder americano em tom provocativo.

Essa é a segunda manifestação de Trump desde o ataque no aeroporto de Bagdá, no Iraque: antes, ele havia publicado uma bandeira dos EUA. Ele ainda não deu entrevista sobre o tema.

Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã, era considerado o segundo homem mais poderoso do país e foi morto em Bagdá, capital do Iraque, após um bombardeiro via drone autorizado pelo presidente americano.

O exército dos EUA informou que o bombardeio tinha a missão de matar o general iraniano e foi uma ordem do presidente Donald Trump. Mike Pompeo, o secretário de Estado dos EUA, afirmou que o país está comprometido a baixar a tensão na relação com o Irã, mas, ao mesmo tempo, está preparado para se defender. Em entrevista ao canal CNN, ele afirmou que a ação salvou vidas americanas, e que as ameaças que o Irã fez até o momento são de retaliações no Oriente Médio, e não em território americano.

Irã promete vingança

Em comunicado divulgado pela TV, o aiatolá Ali Khamenei, líder do país, declarou que a vingança aguarda os “criminosos” e que “todos os inimigos devem saber que a jihad de resistência continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva aguarda os combatentes na guerra santa”. O Irã geralmente se refere a países e forças regionais opostos a Israel e aos EUA como uma frente de “resistência”.

A tensão provocada pelo ataque americano aumentou a preocupação não apenas militar, mas também econômica. O preço do barril de petróleo disparou. Na manhã desta sexta-feira, a alta passava dos 4%. O Iraque, local do ataque, e o Irã, são grandes produtores de petróleo, que podem fazer o preço do barril disparar e afetar os combustíveis mundo afora.

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