PARANÓICOS REACIONÁRIOS: Os fantasmas criados pela direita tradicional brasileira
A
paranóia reacionária produziu o fantasma do marxismo cultural, o kit
gay, o gesto de arminha com as mãos, e outros fake news divulgados na
internet diariamente. Mentes confusas ideologicamente propagam a falsa
informação de infiltração comunista nas escolas, na igreja católica, nos
sindicatos, nas organizações sociais, na literatura e nas artes. Na
verdade, nem sabem o que é comunismo. Travam essa guerra
preferencialmente na indústria cultural. Utilizam-se desavergonhadamente
do método da difamação com falsas acusações.
Fanáticos,
odeiam as minorias. Agridem a democracia desobedecendo os devidos
processos legais. Defendem, portanto, a lógica de que “os fins
justificam os meios”. Os intelectuais ultraconservadores declaram luta
aberta contra todo conhecimento científico. Militantes da causa
reacionária se esmeram na imputação de ações ditas de esquerda, tais
como: o ensino de sexo e homossexualismo às crianças; a destruição da
família, da moral e dos bons costumes; a subversão da cultura ocidental.
Puro falso moralismo.
Os
reacionários têm medo do que existe fora da bolha em que vivem. Ela é o
refúgio deles contra os perigos a que foram ensinados a temer. Evitam
conviver com quem se atreve a contradizer as suas verdades. Quando
angariam postos na escala social cospem nos que estão nos andares
abaixo. Detestam mudanças. Por isso estão sempre assustados. Não
conseguem enxergar nada além do próprio umbigo. E nem se esforçam para
isso. Preferem o mundo estático. Disseminam ódio à coletividade. Se
dizem guardiões da moralidade.
Entendem
que o combate aos crimes deve ser feito através do cometimento de
outros crimes. A paranoia reacionária está se tornando no Brasil uma
política de Estado. As dissidências precisam ser esmagadas. Tentam
implantar um autoritarismo que mate a democracia. Instala-se o reino da
estupidez e o clima da intolerância. O irracionalismo ganha dimensões
gigantescas, sem medir consequências.
Reavivam
o discurso da “ameaça vermelha”. Reaparecem os velhos e ultrapassados
bordões anticomunistas. O imaginário aterrorizante referenciando teorias
e práticas. O ideário anticomunista justificando o aparato da violência
estatal. Tentam, a todo custo, inibir nossa capacidade de indignação
diante de atrocidades que nos atingem como seres humanos civilizados.
Colocam o poderio repressivo do Estado contra as vozes dissonantes. A
política das classes dominantes é alinhada com atitudes de repressão,
opressão e exploração.
Em
1964 os conservadores se apropriaram da palavra “revolução” com o
objetivo de referendarem o golpe. Ora, por natureza, os conservadores
jamais poderão ser considerados revolucionários. Eles são exatamente a
antítese de qualquer coisa que possa se chamar de revolução. Eles não
gostam de independência. Por conseguinte, nunca serão protagonistas de
uma revolução. Revolução representa transformação, inovação,
modificação. Tudo o que os paranoicos conservadores não querem que
aconteça. O desejo deles é promover o retrocesso. Avançar jamais.

Fonte: Polêmica Paraíba - Publicado por: Anderson Costa
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