Justiça manda soltar três réus do caso Daniel e determina que Cristiana Brittes deixe de usar tornozeleira
A
Justiça mandou soltar três réus do caso Daniel, que investiga o
assassinato do jogador Daniel Corrêa de Freitas, ocorrido em outubro do
ano passado. O promotor Marco Aurélio Oliveira foi favorável à liberdade
provisória de Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian da Silva, que
foram liberados nesta quarta-feira, 9.
Também ré no processo, Cristiana Brittes teve retirada nesta
quinta-feira, 10, a tornozeleira eletrônica que usava. A retirada –
feita na Central de Monitoramento – cumpre a determinação da juíza da 1ª
Vara Criminal de São José dos Pinhais, Luciani Regina de Paula Martins.
No despacho, divulgado na tarde de quarta-feira, 9, a juíza alega que
Cristiana – que usava a tornozeleira desde o dia 13 de setembro – tem
cumprido todas as exigências feitas pela Justiça.
“Não
se teve notícia, pelo menos até o presente momento, de que a ré tenha
descumprido alguma das condições a ela impostas, pelo que vislumbro a
possibilidade de revogação da medida cautelar de monitoração eletrônica
anteriormente aplicada, mantendo-se as demais vigentes, vez que são
suficientes e eficazes ao caso em tela”, registrou a juíza no documento.
Segundo
o advogado de defesa Cláudio Dalledone Júnior, a retirada da
tornozeleira mostra que a Justiça está sendo feita. “Não tínhamos dúvida
de que tudo caminhasse para esse desfecho e aguardamos novos fatos em
breve, após a entrega das alegações finais das defesas”, disse.
O
próximo passo, conforme Dalledone, será o pedido de soltura do marido
de Cristiana, o empresário Edison Brittes, que confessou ter matado o
ex-jogador. Dalledone pretende entrar com o pedido junto ao Tribunal de
Justiça logo após a entrega das alegações da defesa.
“Iremos
ao TJ e se for o caso ao STJ, pois o processo já andou, Edison já
assumiu (o crime), tem preenchido todos os requisitos exigidos, as
pessoas estão protegidas e todos os outros seis envolvidos no processo
estão soltos, somente ele preso, não há coerência. Acreditamos que até o
final do ano ele estará solto”, afirmou.
O
Ministério Público do Paraná (MP-PR) também se manifestou e pediu à
Justiça para que os sete réus sejam levados a júri popular. Na tarde de
terça-feira, 8, o Ministério Público do Paraná apresentou as alegações
finais no processo.
O
ex-jogador Daniel foi morto na madrugada de 27 de outubro, na Colônia
Mergulhão, área rural de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de
Curitiba), após ter sido espancado e ter o pênis decepado. Segundo o
empresário Edison Brittes relatou à época, Daniel teria tentado estuprar
a esposa (Cristiana) durante festa na residência – onde se comemorava o
aniversário da filha, Allana – e esse fato teria desencadeado o crime.
Fonte: Noticias ao minuto - Publicado por: Suedna Lima
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