Noiva do ex-presidente Lula já é considerada nova “mandachuva” do Partido dos Trabalhadores

Rosângela Silva, conhecida como “Janja”, a noiva do ex-presidente
presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a ganhar holofotes,
figurando em capa da revista “Istoé” como a nova “mandachuva” do Partido
dos Trabalhadores, que é presidido pela deputada federal Gleisi
Hoffmann. Rosângela já repassa ordens diretamente a Gleisi Hoffmann e ao
ex-presidenciável Fernando Haddad, que foi ministro da Educação e
prefeito de São Paulo. Também tem autorizado pagamento de despesas. Nas
rodas informais do PT, é chamada de “A Dona do Pedaço”. Uma informação
consensual: Rosângela, ou “Janja”, age em estreita articulação com Lula,
que se envolveu com Lula já na sala da Superintendência da Polícia
Federal em Curitiba, onde está recolhido. Lula ficou viúvo com a morte
de Marisa Letícia, que o ajudou a construir o Partido dos Trabalhadores,
ficou ao seu lado nas greves de metalúrgicos do ABC paulista e o
acompanhou na passagem pela presidência da República em dois mandatos
consecutivos.
Rosângela é paulista, mora em Curitiba e trabalha há 16 anos na
Itaipu binacional, desde o primeiro governo petista. Nesse período, foi
cedida por três anos e nove meses à Eletrobras entre 2012 e 2016.
Atualmente, recebe R$ 17.500 mensais. Ela se tornou funcionária da
hidrelétrica no período em que os petistas exerceram influência no
Paraná. Amigos de Lula não entram em detalhes sobre como se deu o início
da relação entre eles. A indicação de Rosângela para a Itaipu e
Eletrobras foi questionada por parlamentares adversários do PT, que
enxergaram protecionismo e mordomias. Mas ela tem se enfronhado cada vez
mais na estrutura do PT nacional e na programação dos eventos pela
liberdade de Lula. Em sua sala na Polícia Federal, Lula confidenciou a interlocutores
de confiança que estava apaixonado e tinha planos de casar novamente
tão logo saia do presídio.
A noiva de Lula é descrita como desinibida e ela tem dado declarações
públicas a respeito dos processos movidos contra o ex-presidente,
desqualificando a procedência e autenticidade e assegurando que Lula é
inocente, tendo sido vítima de suposta orquestração atribuída ao ex-juiz
Sergio Moro, ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro. Foi
Moro, como juiz com jurisdição em Curitiba e como executor da Operação
Lava-Jato, que determinou a ordem de prisão de Lula, acusado de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro na operação do tríplex do
Guarujá, em São Paulo, e do sítio de Atibaia, que teriam sido
presenteados ao ex-presidente como propina por vantagens concedidas a
empreiteiras como a Odebrecht. Lula já avisou que não quer a liberdade
condicional, com restrições quanto à sua locomoção. Desdenhou da
hipótese de vir a utilizar tornozeleira eletrônica, ironizando que não é
pombo para aceitar essa restrição.
Informes apurados pela revista “Istoé” dão conta de que mais de 1
milhão do Fundo Partidário, em reais, foi desembolsado ilegalmente em
favor dos atos realizados no país pela soltura do ex-presidente petista.
Tratado por críticos como o “demiurgo” de Garanhuns, Lula abriu mão da
progressão da pena ao semiaberto para permanecer preso. Na verdade, ele
tem a quase convicção de que o Supremo Tribunal Federal será
extremamente condescendente com o seu caso e irá libertá-lo
definitivamente sem restrições nos próximos dias. Se isto ocorrer, Lula
estará livre para casar, e para reassumir a candidatura a presidente da
República. “Eu só saio daqui com 100% da minha inocência. Prefiro
permanecer aqui de cabeça erguida do que sair como um rato”, desabafou
ele.
A “prisão”, na verdade, é um paraíso de mordomias. Lula não se
mistura com presos comuns, concede entrevistas diariamente, mantém
agenda cheia de audiências com líderes políticos e advogados, recebe
pen-drives de presente para assistir jogos do Corinthians e, enfim, tem
direito a sessões regulares de exercícios físicos. Está gordo, bem
disposto e cada vez mais falante. Além, é claro, de estar apaixonado por
“Janja”.
Os Guedes
Nenhum comentário:
Postar um comentário