Como fica aquele meio-mundo de paraibanos que votaram pela continuação de um projeto?
Vencer uma eleição logo no primeiro turno,
quando apenas dois candidatos disputam, já é bastante difícil. Fazê-lo
num cenário em que estão no páreo postulantes representando as mais
expressivas, históricas, tradicionais e carimbadas forças políticas, aí
nem se fala… Não tem parâmetro na história recente da Paraíba.
Discutir,
a essa altura, se João Azevêdo foi eleito por causa de Ricardo, ou por
seus próprios méritos, ou a soma das duas coisas, isso é pra lá de
ocioso. Não resolve nada, não altera nada.
O que é preciso ser
discutido e levado muito a sério – e é para isto que tanto João Azevêdo
quanto Ricardo Coutinho têm que atentar: no caso de se confirmar um
rompimento entre Ricardo e João, como ficam e que respostas eles têm
para dar a 1.119.758 de paraibanos que depositaram a confiança, as
esperanças e o futuro do nosso Estado, votando no tal projeto girassol?!
Ou
será que a vontade desses milhões de paraibanos (58,18% dos votos
válidos) não precisa ser levada em consideração?! Precisa, sim. Do
contrário, terá havido um estelionato eleitoral. Afinal, as futricas e
conveniências e ambições de poder dos atores políticos estão acima da
vontade de um povo que lhes honrou, homenageou e, sobretudo, delegou
poderes para governá-lo?!
Por qual motivo terá mais da metade do
povo paraibano votado em João Azevêdo, senão a garantia de que o projeto
socialista teria continuação?!
Até aqueles que, por uma razão
muito menor, votaram em João apenas para mandar pra casa as figurinhas
carimbadas da política paraibana, merecerão uma explicação, caso se
consolide o rompimento entre os dois principais protagonista desta
história. Porque, assim sendo, muito provavelmente aquela turma que
ninguém aguenta mais terá tudo pra voltar.
Sem falar, claro, do risco que corre de o projeto desandar…
Desse jeito!
PB Agora - Por Wellington Farias
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