Mesmo preso, Lula já sabia dos vazamentos de Greenwald antes da publicação pelo The Intercept Brasil
Na
esteira da entrevista concedida por Lula a Mônica Bergamo e Florestam
Fernandes, o jornalista Glenn Greenwald do Intercept Brasil esteve no
dia 21 de maio na sede da Polícia Federal em Curitiba conversando com o
ex-presidente. Ele visitou Lula na cadeia, nove dias depois de receber
as mensagens roubadas da Lava Jato, intermediadas pela candidata a vice
na chapa de Haddad, Manuela D’ávila.
O
encontro reservado em si não teria grande importância se na época Gleen
já não tivesse conhecimento das mensagens roubadas do ministro Sérgio
Moro e Daltan Dalanhol, agora revelado pelos hackers que estão presos. Em determinado momento da entrevista o próprio lula fala sobre isso e
Greenwald rebate: “Já estamos vendo isso”. Este trecho se torna
revelador.
Na época não se deu atenção para isso, mas hoje tudo
fecha como um quebra cabeça. Sim, Lula já sabia dos vazamentos vindouros
pelo site The Intercept, que foi criado com o conceito do seu próprio
nome que significa aquele receptor de material roubado. A informação de
que Lula já sabia dos vazamentos foi confirmada a este jornal por
pessoas ligadas aos advogados do PT e UFPR no Paraná que se gabavam que
o fim da Lava Jato estava próximo. Um engano. O tiro saiu pela culatra.
Greenwald também não faz questão de guardar segredo da amizade com Lula
e da sua ligação com a esquerda não epenas no Brasil, mas no mundo.
O que teria Gleen contado a Lula?
O
segredo, restrito a quatro paredes, também passaria despercebido se
desta vez o jornalista tivesse o mesmo tratamento dos visitantes
anteriores.
Como já é sabido, pessoas que visitam Lula sempre são
conduzidos por advogados indicados pelo ex-presidente e após os
encontros são convidados para almoço ou jantares, para relatos das
conversas. Com Gleen, tudo foi diferente. Após reunião com Lula o
jornalista procurou total isolamento e dispensou inclusive a recepção
dos advogados, seguindo direto para o Rio de Janeiro.
A
Polícia Federal já identificou essa mudança de comportamento na visita
de Glenn Greenvald e agora busca novas informações. Ao que tudo indica e
pessoas ligadas às investigações já possuem elementos robustos para
fechar a equação sobre esse episódio, que pode ser a chave da cadeia
para Greenwald.
A Polícia Federal já identificou uma organização
criminosa envolvendo os hackers que roubaram as mensagens de Moro e da
Lava Jato. Já se tornou público o principal objetivo do Intercept,
quando Leandro Demori, editor executivo do site deixa claro dizendo que o
principal objetivo da reportagem é não deixar Lula comendo quentinha na
cadeia. Agora resta saber qual a posição que eles ocupam neste
tabuleiro de xadrez, que está próximo do xeque-mate.
Fonte: Com informações do Agora Paraná - Publicado por: Larissa Freitas

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