Se achar pouco, não retira, diz Bolsonaro sobre saque do Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço
O governo foi criticado por anunciar liberação do FGTS mas com limite de saque
© Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
SÃO PAULO, SP
(FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira
(25) a existência de um limite de até R$ 500 para o saque das contas do
FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), medida anunciada pelo
governo na véspera.
"Fizemos o que foi possível. Se achar que é pouco [500], é só não retirar", afirmou.
Trabalhadores
poderão retirar até R$ 500 de cada conta ativa (do emprego atual) e
inativa (de trabalhos anteriores) entre setembro de 2019 e março de
2020, uma iniciativa que tem por objetivo ajudar na recuperação da
economia. A previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste
ano é de 0,81%, abaixo dos 1,1% registrados em 2018 e em 2017.
Bolsonaro
foi questionado por jornalistas sobre a eficiência da medida, já que a
liberação tem valor limitado. Segundo o presidente, a liberação de
recursos foi uma alternativa diante do endividamento da população.
"Abrimos
uma excepcionalidade. A forma de obtenção do FGTS não é essa que
propomos agora. Mas 80% dos trabalhadores que têm o fundo estão com
menos de R$ 500 na conta", disse.
O presidente afirmou ainda que,
se os saques fossem de valor mais alto que R$ 500, os
principais impactados seriam os mais pobres.
"Não poderíamos abrir
de forma mais ampla, porque prejudicaríamos o pobre na aquisição e na
construção de sua casa tão merecida e o governo não vai abandonar isso
daí".
Além da liberação deste saque extraordinário, o governo
anunciou ainda uma nova modalidade de acesso ao FGTS, chamada de
saque-aniversário.
O trabalhador poderá optar por sacar um percentual do fundo
anualmente. Se fizer essa escolha, ele deixa de receber o valor
acumulado em uma eventual demissão sem justa causa.
Notícias ao Minuto
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