Milícias precisam ser enfrentadas, diz general Hamilton Mourão após desabamento no Rio de Janeiro
Ao
comentar o desabamento de dois prédios no Rio na manhã de hoje, o
vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou ser inadmissível que
grupos impeçam autoridades e trabalhadores de companhias de serviços
(água, energia elétrica, gás) de atuarem nas comunidades e que esse
problema precisa ser enfrentado pelo estado.
A
região onde os prédios desabaram, na comunidade da Muzema, no bairro de
Itanhangá, na zona oeste, faz parte do território comandado por
milícias. A prefeitura informou em nota que as as construções eram
irregulares, não autorizadas pelos órgãos fiscalizadores e que tiveram
as obras interditadas em novembro de 2018. Elas faziam parte de uma
espécie de condomínio, onde há outros edifícios construídos na mesma
situação.
“Esse
problema [das milícias] tem que ser enfrentado, não se pode fugir disso
aí, de modo que o estado possa desempenhar o seu papel. É inadmissível
que haja nesses locais, que autoridades, trabalhadores das companhias de
energia e gás, não possam entrar lá dentro”, disse Mourão em entrevista
à rádio CBN.
Os milicianos dominam a
venda de imóveis irregulares na região. Grupos constroem conjuntos
habitacionais sem as licenças requeridas pelas autoridades.
“Eles
constroem e não querem saber, constroem e não tem estrutura”, disse
moradora do local, Beatriz Morgana, também em entrevista à CBN.
Ela
contou ainda o prédio que mora fica próximo aos que desabaram e que ele
tremeu quando o fato aconteceu. “Eu pretendo sair daqui, poderia ter
sido o meu, mas graças a Deus não foi”, disse.
Fonte: UOL
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