Presos no Rio de Janeiro militares do Exército suspeitos de envolvimento em morte de músico
O
Exército determinou hoje (8), no Rio de Janeiro, a prisão de dez dos 12
militares que estavam na guarnição envolvida em disparos contra um
carro ontem na zona oeste do Rio, que terminou com um morto e dois
feridos.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML), eles foram presos em flagrante por descumprimento das regras de engajamento.
De
acordo com o CML, foram constatadas inconsistências entre os fatos
inicialmente reportados pelos militares envolvidos e as informações que
chegaram posteriormente ao Exército.
As prisões foram determinadas
depois de depoimentos dos militares envolvidos no episódio à Delegacia
de Polícia Judiciária Militar e ao Ministério Público Militar.
Inicialmente,
o CML informou que a guarnição circulava pelo bairro de Guadalupe
quando se deparou com um assalto e foi atacada por criminosos. E que,
por causa disso, atirou contra os assaltantes. Segundo essa primeira
nota divulgada na tarde de ontem pelo Exército, o homem que morreu e o
que ficou ferido eram assaltantes.
Uma terceira pessoa, um pedestre, foi atingido durante o tiroteio, segundo ainda a primeira nota do Exército.
A
Polícia Civil, no entanto, depois de fazer uma perícia no local,
informou que não havia assaltantes no carro e que as duas vítimas eram
integrantes de uma família que estava no veículo. O homem que morreu foi
identificado como Evaldo dos Santos Rosa e o ferido que estava no carro
seria seu sogro. Evaldo tinha 51 anos e era músico.
Além deles, estavam no carro a mulher de Evaldo e uma criança, que não ficaram feridas.
De
acordo com a última nota divulgada pelo CML, os militares presos estão à
disposição da Justiça Militar, que realizará a audiência de custódia e
decidirá se manterá ou não a prisão.
“O
Exército Brasileiro reitera seu estrito compromisso com a transparência
e com os parâmetros legais impostos pelo Estado de Direito ao uso
legítimo da força por seus membros, repudiando veementemente excessos ou
abusos que venham a ser cometidos quando do exercício das suas
atividades”, finaliza a nota.
Fonte: Agência Brasil - Créditos: Vitor Abdala - Publicado por: Ivyna Souto
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