Insatisfeitos com pacote de Bolsonaro, caminhoneiros discutem possibilidade de nova greve
Caminhoneiros
não ficaram satisfeitos com o pacote de medidas anunciadas nesta
terça-feira, 16, pelo governo Jair Bolsonaro para ajudar a
categoria. Nos grupos de WhatsApp acompanhados pela reportagem, o plano
foi visto como uma “cortina de fumaça”, uma forma de protelar uma
possível greve dos motoristas. Alguns já falam, com exaltação, em nova
paralisação em 21 de maio – exatamente um ano depois da greve que
paralisou o País – caso a situação não melhore.
Os
caminhoneiros afirmam que não estão pedindo dinheiro para o governo,
mas sim melhores condições de trabalho.Nas discussões, eles afirmam que
soluções como a linha de crédito para manutenção do caminhão, com taxas
menores, já foi testada em outras ocasiões, mas não são colocadas em
prática. Eles citam o cartão-caminhoneiro para compra de combustíveis,
que não funciona para todo mundo. A grande reclamação é que a situação
dos caminhoneiros está tão precária que poucos conseguiriam ter acesso
ao crédito. Muitos, dizem eles, estão com o nome sujo na praça.
Além
disso, pegar crédito agora seria decretar a morte dos motoristas em
alguns anos. “Estão dando a corda para gente se enforcar”, dizia um
deles. Logo após o anúncio da linha de crédito para profissionais
autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, um dos líderes
dos caminhoneiros, disse que a medida agradava a categoria e até poderia
evitar a greve, mas esperava uma manifestação de Bolsonaro para bater o
martelo sobre a questão. “Inicialmente, claro que o pacote agrada (a
categoria). Mas preferimos aguardar o que o presidente vai falar para
comunicar oficialmente o posicionamento dos caminhoneiros”, diz o líder.
Fonte: Infomoney - Créditos: Estadão Conteúdo - Publicado por: Anderson Costa
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