Anotações teriam apontado familiares de membros do judiciário que “recebiam salário sem trabalhar”
Alguns
desfechos são aguardados após a suposta delação premiada da ex
secretária Livânia Farias. Quando foi presa por agentes da Operação
Calvário ao desembarcar no Aeroporto Castro Pinto, de Bayeux, Livânia
tinha uma agenda com anotações feitas durante a sua volta para o estado.
As
anotações de Livânia, feitas numa agenda com a logomarca do Sebrae,
falariam em Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco e o desembargador
Ricardo Vital de Almeida. No texto, ela listaria os dois como seus
algozes e teria apontado familiares de um e de outro como servidores
públicos que receberiam salário sem trabalhar.
A
agenda estava entre os pertences revistados logo após o desembarque em
solo paraibano. Foi apreendida, digitalizada e devolvida aos advogados
dela.
A delação premiada, cujo
conteúdo é tão esperado pela Paraíba, teria alguma parte referente ao
caso? A verdade é que o executivo, o legislativo e agora o judiciário
estão aguardando tensos o que quer que Livânia tenha revelado.
ENTENDA O CASO
Livânia
Farias foi secretária estadual de Administração até recentemente, cargo do qual pediu exoneração por ser investigada pelo Gaeco
(Grupo de Ação Especial contra o Crime Organizado, do Ministério Público
da Paraíba) na Operação Calvário.
Ela
esteve à frente de grandes contratos e licitações firmados pelo governo
estadual nos últimos oito anos. Destaque para aquele celebrado com a
CVRS, a organização social descrita pelo Gaeco como organização
criminosa que ainda administra o Hospital de Trauma de João Pessoa.
Os
tribunais de contas do Estado (TCE-PB) e da União (TCU) encontraram
graves irregularidades na terceirização do Trauma. Gaeco e Polícia
Federal apuraram que a Cruz Vermelha pagou propina e mensalão a Livânia e a
outros membros do governo.
Fonte: Polêmica Paraíba e Rubens Nóbrega - Publicado por: Amara Alcântara
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