Presidente Jair Bolsonaro se solidariza com o humorista Danilo Gentili, condenado por injúria
O
presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) solidarizou-se com o
humorista Danilo Gentili, condenado a seis meses e 28 dias de prisão em
regime semiaberto por injúria à deputada federal Maria do
Rosário (PT-RS).
“Me solidarizo com o apresentador e comediante
@DaniloGentili ao exercer seu direito de livre expressão e sua
profissão, da qual, por vezes, eu mesmo sou alvo, mas compreendo que são
piadas e faz parte do jogo, algo que infelizmente vale para uns e não
para outros”, escreveu Bolsonaro. Danilo Gentili agradeceu.
Muito honrado!Assim como nunca imaginei um dia ser condenado à prisão por protestar contra censura nunca imaginei também contar com apoio presidencial.
Também fico aliviado por entender que esse post significa um registro do compromisso do governo com a liberdade de expressão. https://t.co/cYbLS6OnWU— Danilo Gentili (@DaniloGentili) April 11, 2019
Em
2016, o apresentador do SBT publicou uma série de tuítes chamando Mario
do Rosário de “falsa”, “cínica” e “nojenta”. Ao receber uma notificação
extrajudicial pedindo que apagasse as mensagens, o humorista gravou
vídeo rasgando o documento e colocando-o dentro das calças.
A
sentença condenatória foi proferida pela 5ª Vara Federal Criminal de São
Paulo e cabe recurso. No processo, a defesa afirmou que as publicações
tinham intenção humorística, justificativa que não foi aceita pela juíza
federal Maria Isabel do Prado.
Ofensas à deputada gaúcha também
renderam uma condenação ao presidente Bolsonaro. Em março, ele teve um
recurso negado no Supremo Tribunal Federal e foi condenado a pagar uma
multa de 10 mil reais por danos morais contra Maria do Rosário.
Em
2014, Bolsonaro disse que não estupraria Maria do Rosário pois ela não
mereceria, “porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz
meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse,
não iria estuprar, porque não merece”.
A
mesma declaração rendeu uma denúncia criminal oferecida pela
Procuradoria-Geral da República em que Bolsonaro responde por injúria,
apologia e incitação ao crime de estupro. Com a posse na Presidência da
República, o processo foi suspenso.
Fonte: Veja
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