Planeta extrassolar é observado diretamente pela primeira vez por equipe internacional de investigadores
Resultados foram publicados na revista científica Astronomy and Astrophysics

© DR
Uma equipe
internacional de investigadores, incluindo portugueses, observou
diretamente um planeta fora do Sistema Solar, pela primeira vez, com a
técnica de interferometria ótica, anunciou hoje o Observatório Europeu
do Sul (OES) em comunicado.
Os resultados da observação foram publicados na revista científica Astronomy and Astrophysics.
A
interferometria ótica é uma técnica que permite aos astrônomos criarem
um "supertelescópio" ótico, ao combinarem telescópios menores e
observarem um planeta diretamente, e não por intermédio do efeito
gravítico que exerce sobre a estrela-hospedeira (método de detecção
indireto).
Na
observação do planeta extrassolar em causa, o "HR8799e", localizado a
cerca de 129 anos-luz da Terra, na constelação Pegasus, foi usado o
instrumento de elevada resolução Gravity, que está montado no
Interferómetro do Telescópio Muito Grande do OES. Este instrumento
resultou de uma colaboração de várias instituições europeias.
O "jovem" exoplaneta HR8799e, com uma idade estimada de 30 milhões de anos, foi descoberto em 2010 a orbitar a estrela HR8799.
A
observação feita com o telescópio do OES, no Cerro Paranal, no Chile,
permitiu aos investigadores obterem espectros de luz mais detalhados e
medições mais precisas, que revelaram que a atmosfera do planeta contém
nuvens de ferro e poeira de silicato, componentes que, combinados com o
excesso de monóxido de carbono, sugerem que atmosfera está envolvida
numa violenta tempestade.
O "HR8799e" é considerado um "superjúpiter", um corpo com muito mais
massa que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, que se terá formado
há 4,5 mil milhões de anos. O planeta extrassolar é um mundo inóspito
onde a temperatura à superfície rondará os 1.000 graus Celsius.
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