Atirador matou comparsa e depois se suicidou, diz comandante da Polícia Militar de São Paulo
Segundo o comandante-geral da PM, Marcelo Vieira Salles, tudo indica que, ao ver a Força Tática, um deles teria atirado na cabeça do outro e depois se matado
© Amanda Perobelli/Reuters
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) -
A Polícia Militar chegou à escola Professor Raul Brasil em Suzano,
região metropolitana de São Paulo, quando os dois atiradores, Luiz
Henrique de Castro, 25, e Guilherme Taucci Monteiro, 17, ainda faziam os
disparos e estudantes deixavam o prédio desesperados.
Segundo o comandante-geral da PM, Marcelo Vieira Salles, ao
que tudo indica, "quando eles [atiradores] viram a Força Tática,
entraram para dentro de um corredor e um atirou na cabeça do outro.
Depois, esse se suicidou."
Os atiradores são os ex-alunos da instituição.
Os
policiais chegaram rapidamente ao local porque haviam sido acionados em
razão do primeiro ataque da dupla, em um lava jato. Os PMs tentavam
localizar um Onix Branco apontado por testemunhas como o veículo da
fuga.
Aos avistarem o carro parado na escola se depararam o crime
em andamento. "Quando [os policiais] desembarcaram, ouviram disparos. Se
depararam com pessoas mortas pelo caminho, funcionárias, alunos, e ao
chegar ao fundo da escola, eles tiveram contato visual com os dois
atiradores, ainda vivos."
Ainda segundo o comandante, os dois
estavam em frente a uma sala de aula que funciona o centro de línguas,
onde estavam cerca de 25 alunos.
"Ao
que tudo indica, eles estariam também nessa sala e dispararam contra
essas crianças. Quando eles viram a Força Tática, eles entraram para
dentro um corredor e um atirou na cabeça do outro e, depois, esse se
suicidou logo após", afirmou ele.
ENCAPUZADOS
Os
disparos começaram por volta de 9h, quando Luiz Henrique e Guilherme
foram até a locadora, atiraram no empresário e roubaram um carro, o Onix
branco que aparece em imagens de câmeras de vigilância.
Então, a
dupla foi até a escola, onde entraram encapuzados e dispararam contra os
alunos, por volta de 9h30. No momento em que viram policiais se
aproximarem, eles se mataram.
A dupla levava um revólver calibre
38, quatro carregadores, uma besta (espécie arma medieval que dispara
flechas), machados, uma caixa que aparentava ser de explosivos e
garrafas montadas como coquetéis molotov.
A Folha conversou com Juliano Simões de Santana, vizinho da escola. O
morador disse que ouviu os disparos próximo ao intervalo das aulas do
período matutino. "Moro ao lado, ouvi um tumulto e fui para lá. Cheguei e
vi várias crianças saindo correndo ensanguentadas. Um desespero,
professor, funcionário, todos correndo", afirmou.
Notícias ao Minuto com informações da
Folhapress
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