Davi vence Renan Calheiros, o Golias do Senado Federal - Por Heron Cid
Antes do grande combate, senadores se cumprimentam em tom fraternal - (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) |
(BRASÍLIA) –
Ninguém no universo político brasileiro ignora o poder de fogo, a
desenvoltura, a articulação e a resiliência do senador Renan Calheiros
(MDB). No que se especializou, o alagoano é, disparado, o mais
competente e conhece o poder e seus meandros na palma da mão.
Não é fácil ser o que ele é num partido como é o MDB, cheio de caciques.
Calheiros se preparava para o quinto mandato no comando do Senado.
Tentou
de todas as formas, até com recurso ao Supremo Tribunal Federal,
garantir o voto secreto, conforme o Regimento e a Constituição, sua
esperança de estratégia ideal para permitir confortável alguns senadores
divididos entre constrangidos em votar num desgastado colega ou desejos
de agradar o Palácio do Planalto, que tinha outra preferência.
A votação foi secreta, mas a maioria dos parlamentares fez questão de abrir a escolha em público.
Tumultuado,
o plenário viu uma votação anulada por fraude numa das cédulas em uma
sessão que ainda teve frase escatológica do presidente, o senador José
Maranhão, e sua “mijadinha”, escapulida com microfone ligado.
Sufocado
moralmente e pressionado politicamente, a raposa emedebista se viu num
beco sem saída e surpreendeu: retirou a candidatura, ironizou o
concorrente e desqualificou a iminente derrota, a vitória presumida do
adversário.
O veterano foi abatido pelo novato Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O Golias, finalmente, caiu do seu gigantismo.
MaisPB - Heron Cid
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