segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Senador veterano é abatido por novato

Davi vence Renan Calheiros, o Golias do Senado Federal - Por Heron Cid


Antes do grande combate, senadores se cumprimentam em tom fraternal - (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
(BRASÍLIA) – Ninguém no universo político brasileiro ignora o poder de fogo, a desenvoltura, a articulação e a resiliência do senador Renan Calheiros (MDB). No que se especializou, o alagoano é, disparado, o mais competente e conhece o poder e seus meandros na palma da mão.
Não é fácil ser o que ele é num partido como é o MDB, cheio de caciques.
Calheiros se preparava para o quinto mandato no comando do Senado.
Tentou de todas as formas, até com recurso ao Supremo Tribunal Federal, garantir o voto secreto, conforme o Regimento e a Constituição, sua esperança de estratégia ideal para permitir confortável alguns senadores divididos entre constrangidos em votar num desgastado colega ou desejos de agradar o Palácio do Planalto, que tinha outra preferência.
A votação foi secreta, mas a maioria dos parlamentares fez questão de abrir a escolha em público.
Tumultuado, o plenário viu uma votação anulada por fraude numa das cédulas em uma sessão que ainda teve frase escatológica do presidente, o senador José Maranhão, e sua “mijadinha”, escapulida com microfone ligado.
Sufocado moralmente e pressionado politicamente, a raposa emedebista se viu num beco sem saída e surpreendeu: retirou a candidatura, ironizou o concorrente e desqualificou a iminente derrota, a vitória presumida do adversário.
O veterano foi abatido pelo novato Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O Golias, finalmente, caiu do seu gigantismo.

MaisPB - Heron Cid

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