quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Preso, ex-governador do Rio decidiu que era hora de começar a falar


Sérgio Cabral começa a revelar parceiros em crimes: "Terão que aumentar as cadeias. Pois, ninguém rouba sozinho"


Em depoimento recente na Lava Jato do Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral confessou sua compulsão por dinheiro. Ninguém ainda é capaz de prever quantas revelações sairão da memória do homem que governou o estado por quase uma década e meia, contando com o reinado interrompido de Luiz Fernando Pezão, supostamente seu cúmplice direto e representante de seus interesses no Palácio Guanabara.
Cabral esperou a poeira assentar por mais de dois anos na prisão, enquanto acompanhava o desenrolar de ações penais que resultaram em condenações que somam mais de 200 anos de prisão. Da cadeia, Cabral acompanhou ainda a eleição, talvez na expectativa de que aliados conseguissem se eleger em postos chave, como o governo do Rio e até mesmo a Presidência da República. Já com o quadro definido, tanto político quanto judicial, Cabral decidiu que era hora de começar a falar.
Ninguém rouba sozinho. Ninguém rouba tantos milhões durante tantos anos sem a cumplicidade de muitos parceiros em dezenas de repartições, órgãos públicos, empresas e políticos de cargos superiores. Além de saber muito, Cabral também sabe quem, entre seus parceiros de crime, já está completamente liquidado, sem qualquer chance de ascender novamente na política. São estes parceiros que o político mira em sua nova fase ‘iluminada’.  Como chefe de uma organização criminosa que saqueou os cofres públicos do estado do Rio durante tantos anos, Cabral tem potencial de colocar muita gente atrás das grades, incluindo membros do Judiciário. Ninguém rouba sozinho. Este é o novo recado de Cabral.
Segundo O Globo, “Em conversas reservadas, Cabral tem indicado disposição para revelar segredos da magistratura. Além de influir em decisões do Tribunal de Justiça do Rio, ele apadrinhou a indicação de ao menos quatro ministros do STJ e um ministro do Supremo.
Uma delação do ex-governador pode ser o ponto de partida para a aguardada operação Lava Toga.”
Ou um belo acordo de delação premiada.
Ficheiro:Dilma, Cabral e Pezão no Alemão.jpg
Fonte: www.imprensaviva.com

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