Ministro da Cidadania diz que 13º para Bolsa Família será pago 'com certeza' em 2019
Osmar Terra não soube precisar ainda, no entanto, de onde virá a verba para garantir esse benefício
© Reuters
O ministro da Cidadania,
Osmar Terra (MDB-RS), disse nesta quarta-feira, 2, que o pagamento de um
13º para os beneficiários do Bolsa Família, promessa de campanha do
presidente Jair Bolsonaro, custará R$ 2,5 bilhões e será pago ainda este
ano "com certeza". Terra não soube precisar ainda, no entanto, de onde
virá a verba para garantir esse benefício.
"(O 13º do Bolsa Família) deve ser algo em torno de R$ 2,5
bilhões, que é a parcela mensal (do programa). Vou sentar com a área de
planejamento para saber onde temos que atuar para garantir isso, mas
vamos garantir. Já está decidido pelo presidente, está garantido por
nós", disse após a cerimônia de transmissão de cargo.
O
Ministério vai reunir as pastas do Desenvolvimento Social, Esporte e
Cultura, além de parte do acolhimento a dependentes da Secretaria de
Drogas. Logo no primeiro dia como ministro, Terra já pediu um orçamento
maior para a nova pasta, mas não soube dizer qual seria a quantidade de
verba necessária para o funcionamento do ministério.
"O que nós
temos que fazer é reforçar o Orçamento porque nos deram um orçamento de
perna curta nessa área e, ao mesmo tempo, fazer ampliar um pente fino
para realmente separar o joio do trigo, quem precisa e quem não precisa
do programa (Bolsa Família). Nos últimos dois anos, saíram cinco milhões
de famílias do programa, tinham 15 milhões, e entraram três milhões (de
famílias) que estavam esperando há um tempão e não conseguiam. Temos
que privilegiar quem realmente precisa e tenho certeza que nós vamos
garantir o décimo terceiro, no final do ano", disse.
Terra
foi ministro de Michel Temer no Desenvolvimento Social e deixou o cargo
em abril para concorrer à reeleição na Câmara, onde cumpre mandatos
consecutivos desde 1999. Ele foi reeleito com 86.305 votos. O deputado
tem histórico de críticas a propostas que visam legalizar ou
descriminalizar o uso de drogas no Brasil. Nas redes sociais, o futuro
ministro se posiciona de forma contundente contra a legalização da
maconha em uma série de publicações. No guarda-chuva da pasta a ser
comandada por ele, estará parte da Secretaria Nacional de Políticas
sobre Drogas (Senad), hoje no Ministério da Justiça.
Antes mesmo
de assumir, Terra já anunciou os nomes dos secretários que ficarão
responsáveis por áreas do ministério: o deputado federal não reeleito
Lelo Coimbra (MDB-ES), líder da maioria na Câmara, foi escolhido para
comandar a área de Desenvolvimento Social, o general Marco Aurélio
Vieira vai comandar a área de Esportes, enquanto Henrique Medeiros Pires
ficará responsável pela Cultura.
Outro já anunciado foi o
deputado federal Floriano Pesaro (PSDB-SP), que ficará responsável pela
Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania. A
informação foi adiantada pela Coluna do Estadão. Pesaro não conseguiu se
reeleger este ano e é visto como aliado do ex-presidenciável Geraldo
Alckmin, de quem foi secretário de Desenvolvimento Social.
Notícias ao Minuto com
informações do Estadão Conteúdo
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