Polícia Federal afirma que Aécio Neves recebeu imóvel de R$ 17 milhões e mesada de R$ 50 mil da JBS
De acordo com a investigação, cerca de R$
128 milhões foram usados para compra de apoio político a Aécio na
eleição presidencial de 2014, envolvendo partidos como Solidariedade,
DEM e PTB.
A Polícia Federal informou que a ação conduzida pela chamada Operação Ross, que teve como alvo o senador e deputado federal
eleito Aécio Neves (PSDB/MG), a irmã dele, Andréa Neves, os deputados
Paulinho da Força (Solidariedade/SP) e Cristiane Brasil (PTB/RJ), investiga a emissão de notas frias por empresas para pagamentos de
suposta propina da JBS para o grupo político capitaneado por Aécio entre
2014 e 2017.
Segundo a Polícia Federal, cerca de R$ 128 milhões
foram usados para compra de apoio político a Aécio na eleição
presidencial de 2014, envolvendo partidos como Solidariedade, DEM e PTB.
A Polícia Federal ainda informa que a JBS paga R$ 50
mil de “mesada” ao tucano, por meio da rádio Arco Íris, de propriedade
da família dele, e comprou um imóvel que pertencia ao jornal Hoje em
Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do
senador.
Em troca da propina, segundo as
investigações, Aécio interveio junto ao governo de Minas para viabilizar
a restituição de créditos de ICMS de empresas do grupo J&F, que
controla a JBS.
A Polícia Federal queria a imposição de medidas
cautelares —recolhimento noturno, suspensão do mandato, proibição de
manter contato com outros investigados e proibição de sair do país— a
Aécio e três deputados: Paulinho da Força, Benito Gama (PTB-BA) e
Cristiane Brasil (PTB-RJ). Mas, as medidas foram negadas pelo ministro
Marco Aurélio Mello, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal também requereu a prisão temporária
de cinco suspeitos de participar do esquema, entre eles o publicitário
Paulo Vasconcelos do Rosário Neto e representantes das empresas que
teriam emitido as notas frias, além de busca e apreensão na casa dos
senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN).
Fonte: www.revistaforum.com.br
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