Suspeitas sobre Flávio não dizem respeito ao governo, afirma Jair Bolsonaro
Segundo o presidente, caso gera repercussão por causa do nome da família
"Isso não é um assunto do governo ou da administração federal.
Mas vou expressar minha opinião sobre o assunto. Em grande medida, seu
nome de família, Bolsonaro, é a razão pela qual ele tem tanta
visibilidade", afirmou o presidente, em entrevista ao jornal The
Washington Post, em Davos (Suíça), onde participou do Fórum Econômico
Mundial.
Bolsonaro também afirmou ao jornal americano que o filho
não pode ser responsabilizado por irregularidades envolvendo pessoas com
as quais se relacionou, como o ex-assessor Fabrício Queiroz
-investigado por movimentações financeiras suspeitas- e o ex-policial
militar Adriano Nóbrega, acusado de chefiar uma milícia no Rio de
Janeiro e que já foi homenageado por Flávio.
"Naturalmente,
a pessoa que concedeu a decoração não pode ser culpada. Se alguma
evidência se tornar disponível contra meu filho, ele será punido como
qualquer outra pessoa e cumprirá sua pena."
Na quarta (23), em
entrevista à agência Bloomberg, Bolsonaro tinha dito que eventuais
irregularidades cometidas por Flávio teriam de ser punidas. "Se por
acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de
pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar".
Mais tarde,
em entrevista à TV Record, disse acreditar na inocência do filho. "Não é
justo atingir um garoto, fazer o que estão fazendo com ele, para tentar
me atingir."
Crítica à imprensa Bolsonaro também fez uma nova
crítica à imprensa, depois que a repórter do jornal americano o
perguntou a respeito de uma de suas frases polêmicas sobre homossexuais.
"Você
disse que preferia ter um filho que é viciado do que um filho que é
gay. Em retrospecto, você acha que deveria ser presidente de todo o povo
brasileiro e esquecer essas observações?", questionou o Washington
Post.
"Você realmente acredita em mídia impressa? Você realmente acredita nisso cegamente?", rebateu Bolsonaro.
A repórter afirmou que sim, que cresceu no jornalismo impresso.
"Não estou lançando dúvidas sobre sua mídia. No Brasil, eles são
todos iguais [os jornais]", disse o presidente.
Notícias ao Minuto com informações da
Folhapress
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