Momento de adeus: A súplica de um irmão na hora derradeira da partida - Por Heron Cid
Lula da Silva (PT): em um dia, o enterro do irmão e o sepultamento de um direito |
(Brasília) –
Diferente do PT e de muita gente, sou daqueles que consideram o
ex-presidente Lula um preso comum, encarcerado, na norma da Lei, depois
do devido processo legal e amplo contraditório, por delitos que
sabidamente cometeu.
E é por essa mesma razão que Luis Inácio da
Silva, o apenado do sistema penitenciário, deveria ter sido amparado
pelo direito legado pelo Código Penal brasileiro.
Direito esse castrado pelo Judiciário sob alegações pífias e sustentadas num galho de bonsai.
Comparecer
ao velório do irmão morto é um direito humanitário para quem já está,
por sentença referendada em instâncias superiores, subtraído de todas as
demais liberdades e concessões.
Não era uma entrevista, como já fora negada, nem a participação em ato político.
O
pedido não era de um ex-presidente, de um líder de massas. Era a
súplica de um irmão na hora da derradeira da partida, no sagrado último
momento de adeus.
E não vale dizer que Lula deixou de ir a velórios de outros irmãos. Esse é um julgamento subjetivo que não está nos autos.
O que está em tela é o direito, é o bom senso. Negá-lo, pelas justificativas apresentadas, foi uma falha. Pra dizer o mínimo.
O
Estado brasileiro teria, querendo, todas as condições de permitir a
visita, sob regras e condições a impedir que um evento particular se
transformasse numa manifestação política num ambiente já tão inflamado,
como fora deferido, tardiamente, pelo ministro Dias Tóffoli.
No processo, Lula não é nem de longe vítima. No episódio de ontem, ele foi.
MaisPB - Por Heron Cid
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